domingo, 19 de janeiro de 2025

POUCO A POUCO A VIDA VAI SE TRANSFORMANDO...

Início de 2023 - Leveza

Olhando umas fotos minhas de pouco tempo atrás, percebo uma diferença enorme. As marcas se acentuaram muito rápido. É normal as marcas do tempo do envelhecimento natural; porém, percebo que desta vez deu um salto. Dos meados de 2023 para cá. Aiaiai! É o peso da vida e suas nuances. É o impacto que recebemos de repente, que faz mudar tudo... Vamos em frente!

Olhando no espelho, penso: Não é que estou virando uma senhora!?... Está certo, vou melhorar um pouco para mim: Na verdade uma senhorinha. rsrsrs.

Mas é somente o reflexo no espelho. A cabeça e os pensamentos super jovem... A vontade e coragem para continuar é a mesma, como sempre... Sim! 
Na verdade, com o coração ferido, com mais maturidade, mais reflexiva, mais contemplativa, mais serena e mais pé no chão; sabendo que a vida não é feita de auê... E que situações difíceis acontecem todo dia; longe e perto de nós, e de vez em quando conosco.
Início  2023 - Risada solta - saudade!

Queremos sempre o melhor para a nossa vida. 


Janeiro 2025 - Reflexiva

A vida é feita de atos, atitudes; ações e sentimentos, com seus respectivos reflexos; Cada ação, uma reação. 
Nem sempre compreendemos alguns acontecimentos. Não temos o que fazer.

E quanto mais rápido entendermos isto, tanto mais rápido nos reconstruímos, nos moldamos e seguimos nossa jornada... Muitas vezes, arrastando; pouco a pouco se levantando. O interessante é que para tudo tem sempre um jeito. Deus vai se revelando a você e em você e a caminhada vai se firmando no seu interior; vai clareando até chegar em dia perfeito... Há uma longa jornada aqui. 

No mais profundo silêncio da alma vai haver uma saída, um escape. E isto é maravilhoso! É amparo do nosso Pai Eterno.

As fotinhas aqui postadas, do início de 2023 estava inteira, sorriso solto...  Minha amada filha ainda estava conosco. Foto do início de 2025- marcas profundas, que vão nos moldando e virando cicatrizes lentamente.


sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

 

OS PENSAMENTOS VOAM...






Os pensamentos vêm e vão... E estacionam no lugar conveniente naquele momento...

Não quer sofrer!

Aquele lugar quentinho, com a cabeça no colo da mamãe... O lugar mais seguro que podemos ter aqui nesta terra, humanamente falando.

Sonhamos em crescer, nos tornar adultos, ser dono do próprio nariz, e luta por isso por anos a fio...

Quer vencer em todos os sentidos...

Construir sua própria família... jurar para si mesmo que vai educar seus filhos sem os limites outrora impostos a nós que nos causaram medos e inseguranças ao longo de nossa caminhada. Não! Meus filhos não vão ser assim. Mas chegamos à conclusão de que não há maneira certa de educar filhos, a gente somente vai vivendo e não temos tempo para entender aquele momento e concluímos que tudo foi certo, tanto a educação de nossos pais como a nossa para nossos filhos... O que não foi bem, se ajeitou no meio do caminho. Cada pessoa é livre para viver a sua vida, e mudar a rota quando precisar. Não há erros, nem acertos, tampouco culpa.

Um dia falei para minha mãe:  A senhora escolheu nomes bonitos para todos os meus irmãos, só o meu que é feio! Meu nome: Maria Aparecida.

Ela falou para mim: Todos os nomes dos seus irmãos são normais, o seu eu escolhi o nome mais bonito, pois é o nome da Senhora Aparecida. Somente olhei para ela com carinho e sorri. É a fé dela. Sem discussão. Achei fofo ela dizer que o meu nome era o mais bonito de todos.

Porém é um nome que fora do nosso país, não gosto de mencionar, pois não é muito bem entendido, significa algo que “apareceu”. Uma cubana amiga de meu filho, quando falei o meu nome, se assustou e disse que no país dela é algo que apareceu, como uma assombração, sorriu e todos que estavam perto a companharam e os outros eram de outros paises. Fiquei muito desapontada! Vai que nos seus respectivos lugares é assim também! Decidi, que o meu nome seria Maria. E não vai contra a fé, pois é o nome da mãe do nosso Senhor Jesus.

Fora do Brasil sou simplesmente Maria. Sim, deste nome eu gosto.

Queremos vencer em nossas profissões. Estudamos, somos comprometidos. Muitas vezes deixamos a nossa família para fazer o que precisamos para vencer nessa área. Mas quando chegamos, temos a sensação de que as pequenas coisas eram mais importantes para nós... Às vezes tenho a vontade de que o tempo não tivesse passado e que eu sabendo o contexto, pudesse preencher as lacunas deixadas lá atrás... Mas tudo é vida! A caminhada não tem volta, apenas adaptação no caminho.

A vontade de voar... mudar de ambiente. Estar em país de 1º mundo. Sim maravilhoso!

Mas às vezes me deparo com pensamentos de que seria mais feliz se eu estivesse em um lugar calmo onde tenha lagos, rios com água cristalina; pássaros de variadas espécies; pôr do sol; estrelas; o barulho da noite; o coaxar dos sapos e o canto dos grilos; fechar os olhos e ao abrir somente ver as luzes das estrelas e dos vagalumes; o abraço gostoso da brisa; Acordar com o canto dos pássaros; sem medo, sem insegurança, sem tristeza, sem lembranças e mais nada!

Será que eu seria feliz assim? Não! Com certeza não, sentiria falta da minha vida. Porque a minha vida é esta.  Com erros e acertos. 

Mas não descarto fazer um belo passeio em um lugar assim e vivenciar toda a pureza e beleza da natureza! Amo esta simplicidade! É tudo de bom! Tomar aquele cafézinho à beira de um fogão à lenha e papear com aquela senhorinha linda, cheia das experências mais profundas da vida. Ah que saudade desse tempo! Que saudade da minha mãe!...

Quero aprender com elas, com as senhorinhas... Quero estar em um lugar assim. Com certeza quero!

Agradeço a Deus por tudo que vivi e tudo que Ele tem me proporcionado até aqui!

E os pensamentos voam...

 

 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

 


O DIA EM QUE CORTEI RELAÇÕES COM A MATEMÁTICA... Mas não total, só um pouquinho... rsrsrs

Então, sempre amei a matemática, números, resolver problemas... equações, regra de três, cálculos etc. A vida toda convivi muito bem com a matemática desde criança até o primeiro ano do nível médio. Achava estranho quando as pessoas falavam que não gostavam da matéria. Eu brincava com os números... E, me achava, pois em minhas respectivas classes em todos os anos, sempre me destacava nas notas... eram entre 9; 9,5 e 10...

Pensava em ser uma contadora, professora de matemática ou de física... Uma engenheira, sim! Uma engenheira civil, pois junto com a matemática, sempre gostei muito de construções... Acho lindo e uma arte a construção de um edifício.

Sempre quando ando pelas ruas observo as construções! Penso na engenharia e nas mãos simples, calejadas e hábeis daqueles que as construíram... Os vejo como artistas.

Pois é, mas chegou o dia em que tive um grande bloqueio em relação aos números...

 Após o segundo grau, fiz vestibular de licenciatura em matemática, isto no início dos anos 80, tinha vinte e poucos anos de idade, uma menina! rsrsrs. Estava realizando um sonho! Naquele tempo em que fazer grau superior, era somente para filhos de ricos rsrs, ou teríamos que ter muita força de vontade, para fazer uma faculdade. Não tínhamos esta facilidade de hoje. E estudar no MIT/GV era uma ostentação, uau!!! Mas eu podia pagar minha faculdade, pois havia passado em um concurso público municipal, e o salário era somente para mim. Resolvi aproveitá-lo nos estudos. O primeiro dia em que coloquei meus pés ali naquela universidade, me senti a pessoa mais realizada do mundo, naquele momento... Era tudo que eu queria. Amava estar naquele meio, aquele ambiente estudantil, alegre e jovial; de expectativas e sonhos; aquele lugar lindo! 

Abro aqui um parêntese, pois me veio à mente uma recordação forte de uma música linda que marcou esse tempo - Deusa do amor de Pepeu Gomes... " E foi assim, uma luz brilhou no céu de noite/ E fiquei louco a olhar/ E foi assim/ Pintaram tantas coisas pra mim/ Que nem dá pra acreditar..." Sempre que a ouço, me lembro daquele tempinho de sonhos e expectativas, da leveza de um tempo sem marcas, nem cicatrizes! Fecho o parêntese.

Mas quando comecei a estudar, que decepção! Para começar eram quatro matérias distintas envolvendo números: Cálculo I, Física, Vetorial e Descritiva e mais outras matérias que não me lembro agora... Surtei! rsrs... Eu que pensava que sabia muito de matemática, ali descobri que não sabia nada, ou quase nada!

Até o segundo grau, a gente fazia os exercícios partindo de uma fórmula matemática. Ali não! A gente precisava descobrir a fórmula, para após, realizar o problema... Uau! Eram informações demais para mim rsrsrs

No nível médio fiz Magistério, acabei não estudando a matemática do 2º grau; Estava aprendendo a dar aula para crianças. Este foi o problema! Perdi as informações que dariam sequência na faculdade.

E no grau superior não conseguia acompanhar os colegas... Não sabia nem do que se tratava. Me perdi totalmente! Ao final dos primeiros seis meses, com muito esforço, passei para o segundo período, mas não consegui passar na matéria Cálculo I... Continuaria então, fazendo o segundo período, arrastando o cálculo I do primeiro, somado ao Cálculo II do segundo. Ah não!... Desisti! E nunca mais quis saber das ciências exatas como profissão; números e cálculos nem pensar! rsrsrs. Me senti tão mal, que até o que eu sabia,  esqueci. Deu um branco na cabeça, quase não estava conseguindo fazer as quatro operações básicas da matemática rsrsrs (brincadeirinha). Houve um bloqueio quase que total.

Alguns anos mais tarde concluí o curso relacionado à ciências humanas que não tinha nada a ver com números em si, mas com muita leitura e ali permaneci - O Direito. 

Continuo achando linda a engenharia e a construção civil... Mas quero ver somente como uma linda profissão e como uma arte. Admiro a engenharia! Não é para qualquer um. O(a) engenheiro(a) tem o meu respeito e minha admiração!

Estou contando este pedaço de minha trajetória, para demonstrar que podemos mudar os nossos planos, e o rumo de nossa vida sempre que achar conveniente, ou não! Podemos encará-los também! Sempre há tempo para descobrir o nosso caminho e a uma nova direção.

“Nada a temer senão o correr da luta, nada a fazer senão esquecer o medo...”Milton Nascimento.