domingo, 23 de maio de 2010

Exemplos...


Em 2001 ganhei um filhotinho de cachorro , raça misturada, um pouco poodle, um pouco vira-lata... mas tudo bem, isto não é importante... chegou ainda bebê, menos de um mês. Foram muitas as mudanças que ocorreram em nossa casa a partir daquele momento... mudou-se a rotina da família... a noite rosnava, chorava baixinho, tínhamos de levantar, ver o que o estava o incomodando, procurávamos arrumar um jeito ou um lugarzinho aconchegante, para que ele se sentisse confortável e continuasse a dormir; era como uma criança, sapeca, faceiro, latidor, incomodava a gente e não deixava ninguem mais sossegado na casa... fugia, e era aquela loucura para correr atrás do Vandame para trazê-lo de volta (este é o nome dele, é escrito assim mesmo - Vandame, não é como o do ator Van Damme), mas ganhou o nome por causa do ator, pois tinham características comuns, força, beleza, coragem; claro. Pois é, um dia a gente queria ele longe, outro, queria ele perto; quis doá-lo a alguém que se interessasse, porque perdemos nossa traquilidade; nossos familiares e amigos já não se sentiam a vontade em nosso casa, alguns deixaram de nos visitar, porque ele, o Vandame incomodava todos; era demais, latia muito e alto, pulava nas pessoas, era enjoado mesmo, nos estressávamos, e era aquela gritaria, aquele alvoroço... Um dia peguei minha filha, na época com 12 anos "conversando" com o Vandame e dizendo pra ele assim: - É Van... voce é muito forte, foi pro "paredão" cinco vezes, e voltou, (ela fazia alusão ao big brother), foi muito engraçado, ri muito; porque a gente naquele stress todo, falava aos gritos com ele: você nao fica mais aqui, eu não quero saber de cachorro, estou cançada, - vou procurar alguém para levá-lo daqui, hoje mesmo e ponto final... aí era aquela choradeira... - deixa mãe eu gosto dele, deixa ele ficar... Mas tudo que falávamos, era da boca prá fora. A gente também gostava muito dele; foi tanto que ele foi "cinco vezes ao paredão" e voltou...
Com o tempo, fomos acostumando, começamos a ver por outro ângulo a sua personalidade forte, era a maneira de se expressar, dizer que fazia parte da família, Ei estou aqui...queria cumprimentar, demonstrar carinho, alegria da chegada de alguém... era a maneira dele...
Comecei a ver que ele era sempre amigo, independente do que demonstrávamos ser para ele e de como falávamos com ele. Aprendi que ele não guardava rancor, era humilde, amigo e leal; só tinha amor para dar... se recebia carinho, dava carinho, se não recebia, ficava na dele; e só atacava (raríssimas vezes - uma ou duas no máximo) porque se sentiu acuado ou foi brincando com os meninos, correndo atrás deles; O olhar direto e puro, sem malícia... se éramos duros com ele, abaixava os olhos e saía de mansinho, se aquietava num cantinho, voltava em seguida, esquecia o que havia acontecido, ficava ao nosso lado, reconhecendo em nós seus melhores amigos e companheiros, independente de tudo. Lembro-me das idas e vindas ao Pet Shop, ele voltava todo lindinho, perfumado, pelos brilhantes e macios, com os olhos vibrantes e felizes; lembro-me dele comendo pipoca junto comigo, era uma prá ele e outra prá mim, até acabar; lembro ainda, dele dormindo ao lado da minha cama, me esperando levantar... Está no Brasil ... Na primeira oportunidade vou trazê-lo para junto de sua família ... Sinto muito sua falta e doi muito esta saudade...

E... Por outro lado, Creio que Deus criou este ser especial, para tirarmos exemplo de vida; Sermos mansos e humildes de coração; termos caráter e sermos leais, estarmos desarmados do orgulho e arrogância; e para isso, se preciso for, espelharmos na vida de um cãozinho... a gente vai ver que pode...

domingo, 9 de maio de 2010

Mãe...



Quanto tempo se passou... onde você está?... Precisava do seu aconhego nesta hora...
do seu abraço, de suas orações, do seu olhar... neste momento aos meus bem vividos cinquenta anos, sou como criança que necessita do seu colo, da sua proteção.
Já ouvi muitas canções e poemas sobre mãe; sempre via com ternura crendo ser demonstrações de amor por este ser tão especial... Mas só agora compreendo dentro da minha alma o que é viver sem este amor incondicional em nossa vida... Você foi embora, não disse adeus! Nao perguntou se eu queria ficar sem você... Mãe perdoa se muitas vezes não a compreendi, perdoa por não tê-la abraçado mais, por ter saído às pressas enquanto você ainda falava... perdoe-me, por não ter sentado mais com você e ouvido as experiências que queria me passar; Perdoe-me por não ter te agradecido, enquanto estava conosco, por tudo que você foi para mim. Mas agora, meio tarde... te agradeço, por ter me carregado em seu ventre, agradeço pelas noites que passou sem dormir, cuidando de mim... ou somente me esperando chegar... te agradeço por suas orações, pelos seus ensinamentos que me fizeram trilhar um caminho crendo na justiça, na verdade, no amor e sobretudo em Deus. OBRIGADA MÃE! SAUDADES!... E OBRIGADA DEUS POR ME PERMITIR UMA MÃE TÃO MARAVILHOS
A!...