quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Cruzeiro de 1966 - Campeão da Taça Brasil

Referente ao primeiro título brasileiro conquistado pelo Cruzeiro Esporte Clube, segundo louvável decisão da CBF neste mês.
Parabéns a este time vitorioso! no passado e no presente.

Reportagem retirada do site msn.lancenet.com.br em 23/12/2010.

Cruzeiro levou a Taça Brasil de 66 com show sobre o Santos




Equipe de Tostão, Dirceu Lopes & cia. parou o Santos de Pelé com um impiedoso 6 a 2
O esquadrão celeste campeão de 1966 (Foto: Arquivo)
LANCEPRESS!
Publicada em 22/12/2010 às 23:46

Campeão brasileiro com apenas oito jogos. Sem dar chances aos rivais. E parando com autoridade o Santos de Pelé & Cia. Esse foi o Cruzeiro, campeão da Taça Brasil de 1966 - o agora primeiro título brasileiro do Cruzeiro, segundo a CBF.

A equipe, formada por jovens, que tinha como destaques os craques Tostão e Dirceu Lopes, foi derrubando cada rival que apareceu pela frente. Na final do Zonal Centro, duas goleadas sobre o Americano de Campos.

Depois, uma vitória e um empate com o Grêmio. Em seguida, mais duas vitórias sobre o Fluminense, que entrou direto na fase final. E na grande decisão, uma noite mágica no Mineirão.

Diante do Santos de Pelé, campeão das últimas cinco edições do torneio, o Cruzeiro abriu 5 a 0 no primeiro tempo e venceu o jogo no Mineirão por 6 a 2. Na volta, no Pacaembu, o Santos foi para o intervalo vencendo por 2 a 0 - o que obrigaria um jogo-extra. Mas o Cruzeiro conseguiu uma grande reação e venceu por 3 a 2, quebrando a hegemonia santista.

A CAMPANHA

Americano (RJ) 0x4 Cruzeiro
Cruzeiro 6x1 Americano (RJ)
Grêmio 0x0 Cruzeiro
Cruzeiro 2x1 Grêmio
Cruzeiro 1x0 Fluminense
Fluminense 1x3 Cruzeiro
Cruzeiro 6x2 Santos
Santos 2x3 Cruzeiro

A DECISÃO

SANTOS 2 X 3 CRUZEIRO
Data: 7/12/1966
Local: Pacaembu, São Paulo (SP)
Árbitro: Armando Marques (RJ)
Gols: Pelé e Toninho (SAN); Tostão, Dirceu Lopes e Natal (CRU)

SANTOS: Cláudio, Zé Carlos, Oberdan, Haroldo e Lima; Zito e Mengálvio; Amauri (Dorval), Toninho, Pelé e Edu - Técnico: Lula.
CRUZEIRO: Raul, Pedro Paulo, William, Procópio e Neco; Piazza e Dirceu Lopes; Natal, Tostão, Evaldo e Hílton Oliveira - Técnico: Aírton Moreira.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tenho saudades... muita saudade dos meus filhos...


Lucas, Carla e Bruno
Filhos... dádiva perfeita de Deus a cada um de nós. No primeiro momento expressamos um sentimento até então desconhecido, uma mistura de amor, admiração e agradecimento, por podermos gerar dentro de nós esses seres maravilhosos, totalmente dependentes, lindos!...

Aí somos agraciados com as alegrias, da pureza do sorriso, do primeiro dentinho, as primeiras palavrinhas balbuciadas ma, ma... (mamãe), os primeiros passos; as emoções, as tristezas de ver seu filhinho chorando com alguma dor. O aperto no coração, as angústias por muitas vezes nos sentirmos impotentes diante das aspirações dos nossos pequeninos.

Vem a hora da escola... Aí você sente que começam a arrancar um pedacinho de você. Aquela criatura que até então compartilhava somente com você todos os seus sentimentos e anseios, agora começam a compreender que precisam de mais...
Começam a despertar para a vida e...
Você já não é a única na vida deles. Mas... para sua alegria, aprendem a expressar os seus sentimentos. Trazem os seus trabalhinhos escolares, e não se cansam de escrever o que sentem: poemas, expressões e declarações de amor: mamãe, eu te amo! mamãe você é linda! cartões, cartas, desenhos coloridos com cores berrantes, flores... E você é a musa deles.

Dez, onze, doze anos... O patins, a bicicleta, o vídeo game, o futebol, os colegas...
e  você já não tem muito espaço na vida deles. Os poucos que tem, são somente para cobranças: o dever de casa; o dormir cedo, para os afazeres do dia seguinte; o escovar os dentes depois das refeições; o ir tomar banho; o voltar para casa mais cedo.
E... as preocupações começam a aparecer. O mundo em que vivemos, cercado de violência, o desajuste social e familiar, o medo, o egoísmo,  a injustiça...

E os seus filhos, aqueles seres mais lindos, que eram só seus, começam a ter que conviver nesse meio.
Precisam ser fortes e inteligentes, para passar e não ser contaminados, saindo  ilesos disso tudo...

Dezenove, vinte, vinte e um anos...
Aí você já era. Os filhos não são seus.
São de quem você os ensinou a conhecer. Se foi  a Deus,
e, se permaneceram na fé, assim será. Graças a Ele!

E seguirão, caminhando os seus respectivos caminhos!

Aí só resta a saudade dos seus filhos, ainda que convivam com você.


A eles , meus filhos, Lucas, Carla e Bruno, com amor!...



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Nada como um dia após o outro...

Nada como um dia após o outro. Este dito popular, como vários muitíssimo usados em nossa língua. Uma expressão muito forte e verdadeira, a qual acrescento: "Nada como uma semana, um mês, um ano, uma década, após a outra...
Aí volto lá nos anos 80. No auge da minha juventude 19 anos em diante. Onde os sonhos eram floridos, o mundo era cor de rosa, a vida era um presente a cada dia.
Os amores eram fortes e verdadeiros, sobremaneira imbuídos de grandes emoções e alegrias.
E quando se acredita que encontrou o seu amor verdadeiro nessa idade, não tem quem te convença do contrário e...
Quando se perde este amor... Aí é um "Deus nos acuda", acabou tudo... Nada mais tem sentido, o mundo já não tem brilho, cada dia que se passa é como se fosse um peso a mais sobre os seus ombros,
Em fim, são as dificuldades que se encontra para lidar com as adversidades, e,
cada um tem a sua, uns com mais intensidade, outros com menos.
O sofrimento parece que nunca vai acabar, parece que você não tem direito de ser feliz...
É este o pensamento. E você acredita tanto nesta situação que quando ouve as pessoas mais experientes dizendo: isto passa, é amor da juventude, isto é bobagem...
A gente pensa: "é porque não é você que está vivendo o que eu estou vivendo"!...
Do jeito que está, eu creio que não vai passar é nunca, nunquinha mesmo.
É um sofrimento que não tem dimensão.
Meu Deus, porque fomos criados com este sentimento assim?
E tudo em sua volta é triste. Mas...
Querendo ou não, os dias vão passando. Sua vida vai tomando outro rumo e você vai remando...
A princípio contra a maré. Mais adiante, você sente que a maré já não tem tanta força.
Passam-se os anos, as décadas...
Aí você dá a guinada e já é a maré que se posiciona na mesma direção que a sua.
Aí você olha para frente e olha para traz e vê como Deus é perfeito...
Ele fez o ser humano capaz de vencer tudo. Aquilo que parecia tão forte na sua vida...
Já não têm mais nenhum sentido...
Faz, tão somente parte de um passado...
E que passou.
Aí você olha para os Céus e agradece a Ele, pela vida,
Pelo marido maravilhoso, pelos filhos, pelas conquistas e, sobretudo
Por saber que com amor dEle, do Senhor Jesus, somos mais que vencedores e compreendemos que precisamos valorizar cada momento vivido, não se apegando a nada.
Ser inteligente e ir adiante, para atingir o seu alvo.



quinta-feira, 9 de setembro de 2010

É o meu Cruzeiro... Time do coração...

É o meu cruzeiro ... time do coração... time que dá grandes alegrias ao seus torcedores... AMO.
O vídeo abaixo nos mostra um momento de homenagem ao grande técnico ADILSON BATISTA, que hoje já não comanda o time, mas mora no coração dos cruzeirenses e merece todo o nosso respeito e, ao grande jogador ALEX que fez histórias no time - craque diferenciado, creio ser o melhor jogador do Brasil nos últimos dez anos, injustamentente não reconhecido pela imprensa brasileira.


< Este outro vídeo mostra o grande técnico de futebol AB, também não reconhecido como tal pela imprensa mineira, assim como sua fala contra a injustiça ao maior time mineiro e um dos melhores do Brasil, que merece todo respeito, tem levado o nome do Brasil mundo afora - Time Campeão - CRUZEIRO ESPORTE CLUBE.

domingo, 11 de julho de 2010

Deus escolheu os simples, para envergonhar os "sábios"...

Belo vídeo, retirado do You Tube; vale a pena conferir. Questionamentos simples do grande físico Albert Einstein, demonstrando, a existência de Deus e concluindo que o mal "existe", pela ausência do amor Dele - Deus, no coração dos homens.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vivendo a Fé



Crer no Senhor Jesus e demonstrar publicamente esta fé, hoje, está sendo motivo de acender grande ira... em quem?!... Quando Ele esteve nesta terra, foi duramente perseguido, por aqueles "entendidos" os doutores da lei, religiosos, e outros, os quais Ele, o Senhor Jesus, olhando nos olhos, frente a frente, os chamou de hipócritas. E Ele ainda advertiu àqueles que O seguiriam, "No mundo tereis aflições; coragem! Eu venci o mundo" e disse ainda: "Bem aventurado sois, quando por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e mentindo disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão no céus, pois assim, perseguiram aos profetas que existiram antes de vós". Mateus 5,11-12.

Então, se manifesta a Fé Nele é perseguido,vamos nos alegrar, estamos no caminho certo. Estaríamos com problema, se batessem palmas para a nossa fé. Aí sim, teríamos motivos para nos preocupar.

No episódio ocorrido entre kaká, jogador da seleção brasileira, homem vitorioso,competente, fiel a Deus e o jornalista Juca kfouri, ao responder, na coletiva televisionada, pergunta do jornalista André – filho de Juca Kfouri, ele, Kaká, desabafou: “Há algum tempo, em seu blog, os canhões do teu pai têm me atingido. Queria aproveitar a pergunta para responder às críticas que ele vem fazendo. O motivo pelo qual Juca me ataca não é profissional, ele já deixou claro que me ataca porque eu defendo publicamente a minha fé em Jesus. Mas da mesma forma que eu respeito ele como ateu, gostaria que ele respeitasse a mim e a milhões de brasileiros que crêem em Jesus Cristo”, disse.

Ele respondeu por ele e por milhões, não só de brasileiros mas de pessoas no mundo inteiro que manifestam a fé verdadeira no Senhor Jesus, e eu me incluo. E a perseguição barata, não é só desse senhor jornalista, mas de dezenas de pessoas que estão na mídia, que usam de suas forças, para atacar covardemente a pessoas que mal nenhum tem causado a este planeta, muito pelo contrário, só tem caminhado levando a bandeira do Senhor Jesus, que é a bandeira do amor, da justiça e da paz.
Que Deus nos abençõe!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

E a Selecao canarinho...


E a "Seleção canarinho", expressão canarinho, representando o canário (ave) típicamente Brasileira, amarela, tal qual nossa Bandeira Nacional, cor forte, brilhante, vibrante, apaixonante, valiosa como o ouro... é assim que expressávamos a nossa admiração pela Seleção Brasileira/82... era amor com cheiro de futebol, de alegria, de emoção. Assim sentíamos, a nação toda, quando parávamos diante da telinha para ver a seleção de Zico, Falcão, Sócrates, Júnior... jogar. Dava gosto! A genialidade e a raça contagiava, e a gente arrepiava ao ver aquela ginga, que pertencia somente à nossa seleção. E a música "Hê BRASIL! LÁ, LÁ, LÁ, HÊ BRASIL! QUERO VER ESSA MASSA GRITANDO COM RAÇA, SÃO QUASE DUZENTOS MILHÕES; E A GALERA EM CLOSE COM A CAMISA DOZE, VIBRANDO EM SEU CORAÇÃO; QUERO O POVO GRITANDO, O GOL FESTEJANDO E O VENTO SOPRANDO COM TODA EMOÇÃO E A SELEÇÃO CANARINHO VOLTANDO PRO NINHO COM A TAÇA NA MÃO..." Se é saudosismo não sei, só sei que, quem viu aquela seleção jogar, dificilmente, se encantará de novo; principalmente agora que os valores modificaram... raça e amor pela camisa, isto é coisa do passado; O que há é excesso de vaidade e pouca humildade. É utopia pensar que veremos espetáculos como aqueles vistos com a Seleção de 1982.
Quando da sua desclassificação, em 05 de julho daquele ano... choramos com vontade, tudo que tínhamos para chorar, lavamos a alma por alguns dias, para aliviar um pouco a frustração de não ver aquele time trazer a taça, merecidamente, para nossa casa - o Brasil.
Mas... não vivemos de emoções, nem do passado. A fila anda e a vida continua... e nós temos que lutar pelo que realmente é importante para nós pessoalmente...
Hoje, mais um ano de copa, falo por mim, vou torcer; se ganhar ótimo; se não ganhar... fazer o quê?!... Independente do resultado... os meus problemas só eu tenho que resolvê-los. A bem da verdade com Deus adiante.
Que eles façam sua parte, lutem com muita garra e brilhem bastante, acariciando assim, o ego de cada um. Vamos em frente. Brasil, il,il,il.

domingo, 23 de maio de 2010

Exemplos...


Em 2001 ganhei um filhotinho de cachorro , raça misturada, um pouco poodle, um pouco vira-lata... mas tudo bem, isto não é importante... chegou ainda bebê, menos de um mês. Foram muitas as mudanças que ocorreram em nossa casa a partir daquele momento... mudou-se a rotina da família... a noite rosnava, chorava baixinho, tínhamos de levantar, ver o que o estava o incomodando, procurávamos arrumar um jeito ou um lugarzinho aconchegante, para que ele se sentisse confortável e continuasse a dormir; era como uma criança, sapeca, faceiro, latidor, incomodava a gente e não deixava ninguem mais sossegado na casa... fugia, e era aquela loucura para correr atrás do Vandame para trazê-lo de volta (este é o nome dele, é escrito assim mesmo - Vandame, não é como o do ator Van Damme), mas ganhou o nome por causa do ator, pois tinham características comuns, força, beleza, coragem; claro. Pois é, um dia a gente queria ele longe, outro, queria ele perto; quis doá-lo a alguém que se interessasse, porque perdemos nossa traquilidade; nossos familiares e amigos já não se sentiam a vontade em nosso casa, alguns deixaram de nos visitar, porque ele, o Vandame incomodava todos; era demais, latia muito e alto, pulava nas pessoas, era enjoado mesmo, nos estressávamos, e era aquela gritaria, aquele alvoroço... Um dia peguei minha filha, na época com 12 anos "conversando" com o Vandame e dizendo pra ele assim: - É Van... voce é muito forte, foi pro "paredão" cinco vezes, e voltou, (ela fazia alusão ao big brother), foi muito engraçado, ri muito; porque a gente naquele stress todo, falava aos gritos com ele: você nao fica mais aqui, eu não quero saber de cachorro, estou cançada, - vou procurar alguém para levá-lo daqui, hoje mesmo e ponto final... aí era aquela choradeira... - deixa mãe eu gosto dele, deixa ele ficar... Mas tudo que falávamos, era da boca prá fora. A gente também gostava muito dele; foi tanto que ele foi "cinco vezes ao paredão" e voltou...
Com o tempo, fomos acostumando, começamos a ver por outro ângulo a sua personalidade forte, era a maneira de se expressar, dizer que fazia parte da família, Ei estou aqui...queria cumprimentar, demonstrar carinho, alegria da chegada de alguém... era a maneira dele...
Comecei a ver que ele era sempre amigo, independente do que demonstrávamos ser para ele e de como falávamos com ele. Aprendi que ele não guardava rancor, era humilde, amigo e leal; só tinha amor para dar... se recebia carinho, dava carinho, se não recebia, ficava na dele; e só atacava (raríssimas vezes - uma ou duas no máximo) porque se sentiu acuado ou foi brincando com os meninos, correndo atrás deles; O olhar direto e puro, sem malícia... se éramos duros com ele, abaixava os olhos e saía de mansinho, se aquietava num cantinho, voltava em seguida, esquecia o que havia acontecido, ficava ao nosso lado, reconhecendo em nós seus melhores amigos e companheiros, independente de tudo. Lembro-me das idas e vindas ao Pet Shop, ele voltava todo lindinho, perfumado, pelos brilhantes e macios, com os olhos vibrantes e felizes; lembro-me dele comendo pipoca junto comigo, era uma prá ele e outra prá mim, até acabar; lembro ainda, dele dormindo ao lado da minha cama, me esperando levantar... Está no Brasil ... Na primeira oportunidade vou trazê-lo para junto de sua família ... Sinto muito sua falta e doi muito esta saudade...

E... Por outro lado, Creio que Deus criou este ser especial, para tirarmos exemplo de vida; Sermos mansos e humildes de coração; termos caráter e sermos leais, estarmos desarmados do orgulho e arrogância; e para isso, se preciso for, espelharmos na vida de um cãozinho... a gente vai ver que pode...

domingo, 9 de maio de 2010

Mãe...



Quanto tempo se passou... onde você está?... Precisava do seu aconhego nesta hora...
do seu abraço, de suas orações, do seu olhar... neste momento aos meus bem vividos cinquenta anos, sou como criança que necessita do seu colo, da sua proteção.
Já ouvi muitas canções e poemas sobre mãe; sempre via com ternura crendo ser demonstrações de amor por este ser tão especial... Mas só agora compreendo dentro da minha alma o que é viver sem este amor incondicional em nossa vida... Você foi embora, não disse adeus! Nao perguntou se eu queria ficar sem você... Mãe perdoa se muitas vezes não a compreendi, perdoa por não tê-la abraçado mais, por ter saído às pressas enquanto você ainda falava... perdoe-me, por não ter sentado mais com você e ouvido as experiências que queria me passar; Perdoe-me por não ter te agradecido, enquanto estava conosco, por tudo que você foi para mim. Mas agora, meio tarde... te agradeço, por ter me carregado em seu ventre, agradeço pelas noites que passou sem dormir, cuidando de mim... ou somente me esperando chegar... te agradeço por suas orações, pelos seus ensinamentos que me fizeram trilhar um caminho crendo na justiça, na verdade, no amor e sobretudo em Deus. OBRIGADA MÃE! SAUDADES!... E OBRIGADA DEUS POR ME PERMITIR UMA MÃE TÃO MARAVILHOS
A!...

sábado, 9 de janeiro de 2010

Virgolândia - Minha terra natal


Pé de manga - Ilustração     -  

Virgolândia... pequeno município, situado na região leste de Minas Gerais a 100 km de Governador Valadares.
Possui menos de 10 mil habitantes. Nesse lugar, nasci e vivi até meus quinze anos.

As vezes não compreendo bem, como poucos anos vividos em um lugar, influencia e faz a diferença na vida de uma pessoa...
Creio que a semente lançada em determinado solo, a raiz, a planta que
brota será de acordo com a terra... e ali você está ligado. Será sempre o seu lugar. E você nunca esquece de onde veio. Muda-se e vive-se durante dez, vinte, trinta anos em outros lugares, mas aquele é, e sempre será a sua terra.

Então, ali vivi a minha infância, apesar de naquele tempo me sentir tolhida nos meus anseios e desejos infantis, hoje me recordo com alegria os momentos e anos que passei lá.
Vida de criança em cidade do interior na década de 60 e 70... Não teve tanta facilidade, como hoje. Mas as dificuldades encontradas nos caminhos fazem a gente crescer... Vamos construindo nossa vida tijolo por tijolo, sólida.

O ar puro, o cheirinho da terra molhada após a chuva, o barulho da chuvinha sobre o telhado, as pedrinhas cuidadosamente escolhidas para a brincadeira do "belisco"...

O meu jardim... de uma erva que eu conhecia como "colchão de noiva" verdinha viçosa, macia. Passava horas e horas ao lado daquela cisterna, cuidando dele (do jardim), tirando os matinhos que cresciam junto. Cuidando dos boizinhos feitos de maxixe, fazia as perninhas de palito de fósforo. Construía as fazendinhas de palitos de picolé debaixo do pé de manga espada... a manga espada mais gostosa que eu já comi em toda minha vida...

Levantávamos, pela manhã e corríamos para pegar as mangas que haviam caído à noite... Era uma corrida de quem chega primeiro, para alcançar a mais bonita, a mais madura. O balanço de cordas nesse mesmo pé de manga... Sentia como se tivesse numa roda gigante...
A casinha de brinquedo no fundo do quintal. A brincadeira de boneca, de comadre. O meu canteiro de alface na horta de minha mãe. Enquanto ela cuidava da sua horta, eu cuidava do meu canteirinho e dele, colhia as alfaces para colocar no meu prato (não gostava de verdura, mas comia porque era do meu canteiro). Foi uma vida comum de criança do interior. Arrumava para ir para a escola...

Foto retirada do Google
Sexta-feira o Hino Nacional... a musiquinha oficial do clube de leituras: " Eu me lembro, eu me lembro era pequeno, e brincava na praia o mar bramia..."

E a correria desembesta da criançada no recreio.
No dia da árvore, 21 de setembro... Comemorávamos, lançávamos a sementinha ou uma muda de árvore no pátio da escola, cada um queria regar um pouquinho a semente ao som da música entoada por todos ali presentes... "Dorme sementinha, fica bem quietinha,... já não te abandono, virei todo dia, sobre o seu canteiro, jogar água fria..."

E os dias 7 de setembro - Independência do Brasil, nossas mães confeccionavam nossos uniformes de papel crepom verde e amarelo para o desfile, desfilávamos como verdadeiros estadistas, determinados, cheios de patriotismo. Ao final nos encontrávamos suados, pelo desfile sob o sol escaldante e aquela roupa de papel crepom, começava a se desfazer... (usávamos shorts por baixo)... E ali havíamos cumprido nosso dever de brasileirinhos, todos orgulhosos, cansados e felizes, voltávamos para casa.

A noite, nossas mães sentavam nas cadeiras nas calçadas, e ali conversavam, e nós aproveitávamos para brincar de pique esconde, de pula corda, de apostar corrida, de bambolê, que fazíamos de mangueiras coloridas e dentro delas colocávamos pedrinhas para fazer barulho; o jogo de bioquê - eu era craque.

Desfile de rainhas... Meu Deus, era muito bom; a banda de música na semana santa, no carnaval, era só alegria; a brincadeira de roda... "plantei um pezinho de alface, a chuva quebrou um galho" e...
Já com 13, 14 anos o coração já começava a palpitar pelo primeiro amor, amor de adolescente daquela década... A pureza... Amor de sentir satisfeita somente de ver o amado pela fresta da janela. O coração batia forte, e se visse frente a frente, o coração acelerava, o rubor no rosto, as mãos gelavam, a dor na barriga... Mas ia dormir feliz, viu o "namorado"!... E o amado nem sabia que estava namorando!... rsrsrs

E os pensamentos corriam soltos, e os sonhos eram acordados.

Vida de infância, de adolescente em minha cidade natal, cidade das cachoeiras que viravam toboágua pra nós. É a criatividade de quem não ganha tudo pronto, tínhamos que construir para brincar... Assim foi a vida da maioria dos brasileiros que viveram em cidades interioranas;
E assim foi minha vida na minha cidade...

Virgolândia é o seu nome.