sábado, 31 de março de 2012

O meu bairro preferido...

Ao me mudar do interior de Minas Gerais,  Virgolândia, para uma cidade de médio porte, Governador Valadares tivemos que, a família, mudar várias vezes, até adquirirmos nossa casa própria.

E aí "passeamos" pelos bairros da cidade.

Mas teve um, que foi bom demais...
Marcou. Ficou sendo o meu bairro.

Apesar de ser muito simples, pouca infraestrutura.
Na época não tinha calçamento; muito morro, casas pequenas, construções humildes.
Hoje mudou muito, tem ótimas construções, calçamento e tudo mais...

Por lá permanecemos um longo tempo, pois foi onde a família adquiriu a casa própria.

Ao chegar, encontramos pessoas receptivas, amáveis e amigos bacanas. Pessoas como aquelas que havia deixado em minha terra natal. Com mente inteligente, coração puro. Tinham alegria de viver. Eram brincalhões, espontâneos... Juventude forte e feliz! Vizinhos amigos...

A roda de violão; as serenatas nas madrugadas... O bate papo na manicure; a troca de olhares com o respectivo pretendente...
O cumprimento repetitivo ao sair de casa. Parecia a minha cidadezinha do interior...
O gosto pela música... Tentávamos interpretar o sentimento do poeta/cantor em suas composições musicais. Éramos meios intelectuais (rsrs).

E assim sentia-me no meu lugar... Amei morar ali.
A Rua da Várzea (minha rua) de chão batido... Alguns moradores varriam suas portas e aguavam... Ficava aquele cheirinho gostoso... De limpeza, de chão molhado.

A criançada brincava nas ruas.
Um amigo de porte "forte", o Fera (apelido), de  mais ou menos, vinte anos de idade, juntava-se às crianças e descia o morro no carrinho de rolimã. Intrigava e irava-se o vizinho e a gente ria...

Esse mesmo amigo carregava o time do bairro em sua Kombi; não me lembro bem o nome do time, mas creio que se chamava Santa Cruz. Fazia voltas mirabolantes com o carro e a gente gritava muito, era uma só algazarra.

Minha irmã Helena e eu acompanhávamos sempre o time. Meu irmão, o Cláudio, fazia parte do elenco. Era bom de bola.

Enquanto nas rádios locais, noticiavam acontecimentos policiais ocorridos na cidade (década 80/90). E muitos desses ocorriam em nosso bairro.
A gente não via nada; não preocupávamos com essas coisas. Não chegavam a nós. Só tínhamos tempo para viver, tempo para os amigos e os afazeres do dia a dia.

O que incomodava, às vezes, era ouvir pessoas não moradoras falando "mal" do nosso bairro... Dizendo que ele era violento.

Mas a gente não queria sair de lá. Amigos encontravam-se todos os dias. A amizade era verdadeira...
Final de semana!... Não tinha outro lugar para ir...
Íamos encontrar os amigos em outras ruas, no próprio bairro...

Bairro Altinópolis, o meu bairro preferido!

Sempre quando visito amigos e familiares naquele lugar, sinto aquela sensação gostosa. Levando meus pensamentos ao tempo em que lá vivi.




domingo, 11 de março de 2012

Acontecimento Extraordinário

Em 2008, mudamos para uma cidade da Flórida, Orlando, nos Estados Unidos.
Minha filha reiniciou seus estudos. No primeiro momento fomos informados que ela não teria direito ao transporte público escolar, por nossa residência estar "perto" da escola, (menos de uma milha de distância, não teria direito ao transporte público. Uma milha é mais de um quilômetro...

E nós, novos residentes, não havíamos adquirido ainda, o nosso veículo próprio. Morávamos a mais ou menos um quilômetro e meio da escola.

Minha filha precisava caminhar mais de uma hora, sob o sol de Orlando, e ela estava com dezesseis anos.
Quem conhece Orlando sabe que é insuportável o calor. É muito quente. No dia seguinte, no horário dela sair da escola, mais precisamente às 15 horas, vi que o sol estava de machucar. Fiquei muito aflita e angustiada, preocupei-me muito com ela. E naquela angústia, lembrei-me de uma passagem Bíblica que diz que Deus cuidava do povo de Israel quando do êxodo do Egito.

De dia Ele os cobria com uma nuvem, indicando-lhes o caminho, que também, os protegia do sol, pois caminhavam no deserto. E a noite Ele os iluminava com uma coluna de fogo... Pedi a Deus para que fizesse o mesmo com minha filha. Esqueci-me do pedido.
A angústia e aflição dissiparam...

Quando minha filha retornou, dirigi-me ao seu encontro perguntei se foi tudo bem e como estava o sol... Ela me respondeu que foi tudo bem, durante toda a caminhada, havia uma nuvem que encobria o sol, e ela sentia uma brisa fresquinha e deliciosa, que passou a observar o oscilar da folhagem no caminho, completando que pensou que a nuvem a estava acompanhado e que não se cansou nem um pouquinho...

Uaw!!!! Que lindo!

 Com os olhos cheios de lágrimas, lembrei-me do meu pedido. Chorei de alegria e agradeci ao meu Senhor e Pai maravilhoso, pelo cuidado com os nossos e seus filhos...

No outro dia fui com ela na escola, conversamos com o responsável e ela conseguiu também o direito ao transporte escolar...
Obrigado Jesus!

Mulher

Mulher! Não importa a cor, a raça, status social... Mulher é mulher! Esse ser misterioso... Inconstante, Linda, carinhosa, Emoções à flor da pele... Cheirosa, Centrada, amorosa... Sensível à dor alheia... Amiga, bondosa... Respeitada. O dom maternal... É só dela. Quando usa a inteligência, A fé, a humildade e o amor, a força redobra. Torna-se capaz de mudar o mundo! Pois Deus, o criador, a ela honrou conferindo O direito e o dever de gerir seu lar, Na construção da base de tudo, a família... Mulher, este ser inigualável!...