quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Falando do GCA-Grupo Cristão Altinópolis

Encontrei uma amiga na semana passada, a Betinha.
Amiga com A maiúsculo. Daquelas amizades que duram mais de trinta anos. Pessoa que esteve comigo em quase todos os momentos, (quase como em um casamento) nas alegrias e nas tristezas... rsrs.
Pois é, conversa vai, conversa vem... De repente ela disse-me que o Grupo jovem fundado por nós em 1981, no Bairro Altinópolis, havia acabado... O GCA. Fui a mentora e fundadora do Grupo, junto a dois grandes amigos, o Rawson e o Sr. Raimundo. Também fui a primeira presidente, junto a outro grande amigo o Josué. Saímos de casa em casa convidando os jovens para participarem. Reuníamos nas casas dos membros, até que conseguimos nossa sede própria...

Hó!... Ficou um silêncio dentro de mim por um momento.
Ela, a minha amiga, não viu minha reação, porque se passava no interior... Como flashes.
Confesso que fiquei chocada com aquela informação e a sensação era de perda mesmo... O grupo sobreviveu mais ou menos trinta anos... Quantos jovens passaram por ele... Quantos resgatados! Eu participei ativamente apenas três anos. Nos anos seguintes o acompanhei de longe até que ele seguiu seu caminho e eu o meu.
Mas aquele sentimento não durou muito. Um pouco decepcionada, disse a ela que o bairro não comportava dois Grupos de Jovens mesmo, ela concordou e ficou por isso. Mudamos de assunto.
Há alguns anos atrás, após uma luta ferrenha interior e em outras áreas da vida... Tenho buscado a Deus com mais força e vivido uma Fé mais pura, mais racional e mais firme. O tempo ensina muito.
Mas sei que tudo o que fazemos com amor e Fé é valoroso e fica registrado de alguma maneira. Nesses anos encontrei muitos jovens agradecidos por terem feito parte de nosso grupo. Um chegou a agradecer-me. Não entendendo o porquê do agradecimento, indaguei. Disse-me que se não tivesse participado do grupo naquela época, hoje não seria o homem honrado que é. Não teria uma família feliz, filhos, trabalho...
Pois naquela altura já estava enveredando pelos caminhos da droga. Declarou-me que foi bem recebido pelos membros e que se encontrou ali. Sentiu-se valorizado. Disse-lhe que o agradecimento seria a Deus. Mas senti-me imensamente feliz pelos frutos do nosso trabalho. Não foi em vão.
Grupo Jovem de 1982


Registrarei novamente a seguir, uma homenagem feita em 05/06/2009 neste blog, aos integrantes do grupo, na década de oitenta.

Anos brilhantes para tantos... Cada período de tempo, ou melhor, cada década que se passa, grandes e profundas marcas ficam em cada um.
E a mim pessoalmente, ou para minha geração, marcaram os anos 80. Anos dos grandes festivais de músicas, grandes cantores... Fagner, "No aço dos meus olhos''... Pepeu Gomes,''e foi assim, uma deusa feita de amor''... Guilherme Arantes, ''Quando a vi logo ali tão perto"... e tantos outros... Paulinho Pedra Azul, Baby Consuelo, Zé e Elba Ramalho, Emilinha - "Foi Deus que fez o céu"... e mais, e mais e mais... Ficaríamos aqui enumerando talentos e talentos daqueles anos;
Anos felizes... Anos das grandes paixões, Corações vibrantes, rostos colados, dançando ao som das inesquecíveis melodias internacionais, canções que embalavam casaizinhos de telenovelas e que chegavam aos nossos corações.
Anos dos "Clubes de jovens" GCA - Grupo Cristão Altinópolis, UJA, JUVA e outros. Jovens que se uniam, para não se sentirem só, para compartilhar os anseios, frustrações, energia, alegrias, sonhos... Sonhos esses que alguns, nunca foram realizados. Reuníamos para fazer serenatas, para orar, para simplesmente conversar, para não fazer nada... Para tocar violão... "Eu quero ser sua canção, eu quero ser seu tom"... "vem, vamos embora que esperar não é saber"... Longe de casa, há mais de uma semana “
Posso fechar os olhos, e ouvir cada voz, o toque, o perfume de cada um outrora presente.
Melancolia?!... Não! Mas saudade sim. Saudade de um tempo que não volta mais. Mas que só teve aquela magia naqueles dias, naquelas horas, naqueles lugares, com aquelas pessoas.
Não poderia ser diferente, se não, não seria daquela maneira e não teria aquela magia.
Que faz o coração bater forte.
Quiséramos reunir outra vez em outros anos diferentes...
Não concretizou, porque seria com as mesmas pessoas, mas... Teria faltado aqueles anos.
Aproveitamos sim. Sem planejar, sem marcar. Deixamos acontecer... Naturalmente, sem forçarmos nada.
Creio que cada amizade realizada naqueles anos, estão guardadas em um lugar secreto, no mais profundo do ser; às vezes no momento, esquecidas, porém tão latentes e vivas como cada coração!... Com amor!





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