terça-feira, 29 de outubro de 2013

Eu sempre acho que...

Eu sempre acho que é necessário aparecer... De alguma forma.
Não no sentido de gostar de se mostrar ou querer ser melhor que o outro... Não! Mil vezes não!...
Mas naquele sentido de não ser somente mais um no meio da multidão. Um rosto invisível, um olhar perdido, sem brilho, uma pessoa transparente... Isso não, de jeito nenhum!...

O que é isso?!... Você passar aqui nesta terra sem dar o seu ar da graça!... Que graça tem isto?!...
Sou daquela política de que algo em você tem que ficar registrado, de alguma maneira. A sua marca pessoal. A sua presença tem que ser forte e marcante. Sim esta tem que ficar.
Partindo do princípio que nosso ser aqui na terra é único. Não temos cópia. Não somos Xerox de ninguém... Então algo em nós tem que ser único também. Como assim?!... Sim temos que ser especiais em alguma coisa...

Não justifica você lutar tanto para chegar a este mundo... Passar tantas intempéries pela sobrevivência, ter que lutar contra tudo o que se opõe a você e tudo que tenta te impedir de caminhar... E continuar sendo só mais um rosto perdido na multidão...
Temos que buscar aquele “que” que é só nosso. Primeiro por dentro de verdade e com sinceridade e depois por fora...

  • Conheço pessoas que passaram pelo meu caminho e que não me esqueço, apenas por causa daquele sorrisão aberto, dado com vontade. (Eridélcia).
  • Lembro-me de pessoas que cruzaram o meu caminho, Com aquela delicadeza ao falar, aquela maneira educada de ser. “Há! Como é lindo a pessoa saber se comportar dessa maneira!” pensava eu... (Gisele, Denise).
  • Daquela pessoa, educada, meiga, sincera, alinhada, olhar direto, aquele jeito de portuguesa... "style perfect lady". (Rosária)
  • Lembro-me de outras que passaram por mim, pela alegria que transmitiam a cada encontro... (Alcione, Luiza, Betinha, Marinalva).
  • Lembro-me daquela menina com o rosto lindo, sorriso puro, uma timidez verdadeira e que arrastava os olhares de quase todos os rapazes do bairro com aquele jeitinho fofo de ser. E eu a achava tão bonitinha também...(Sueli).
  • Recordo de outras que nunca se esqueceram me parabenizar em meus aniversários, mesmo que muitas vezes esqueci os dela. Dá para esquecer uma pessoa assim?!... (Jaqueline).
  • Lembro-me de outras que permaneceram comigo em momentos difíceis... Tem como não lembrar?!... (Gildésia, Erika).
  • Lembro-me de pessoas pela maneira extravagante de ser, de se vestir... É o jeito dela... (...).
  • Lembro-me de outras que falavam o que vinham em sua cabeça, depois choravam por ter se arrependido do que falou... (...).
  • Outras que ao chegar ao trabalho, cumprimentavam com aquele BOM DIAAA! Sempre... Mesmo que muitos nem respondiam.(Cristina).
  • E aquelas que viviam choramingando, reclamando de tudo, brigavam até com o vento que passava por perto... Não sei se chegou a lugar algum com essas atitudes, mas também não passaram despercebidas... (...).
  • Nunca me esqueci do amigo de verdade, que chegou fazer pacto de fidelidade ao tempo de amizade. Acontecesse o que acontecesse, daquele tempo e daquela amizade nunca iam se esquecer. (Edmundo).
  • Outros que chegavam em casa de manhãzinha em pleno domingo para me acordar, somente para conversar. Com muito sono ainda, virava para o outro lado, tampava os ouvidos para não ouvir sua conversa alta, lá da cozinha, com minha mãe "Ei dona Maria, cadê a Cidinha"?... Queria dormir mais um pouquinho... Mas não aguentava, sua conversa me contagiava, levantava, e sempre era uma alegria. (Josué).
  • E aquele que sempre tocava no violão, a minha música preferida... Tem como esquecer?... (Taquinho).
  • Outras que se encontravam num mesmo trajeto por muitas vezes. E apesar de nunca terem se falado, porém os olhares diretos e amigáveis nos diziam que eram conhecidas de longos anos. Depois de um grande lapso temporal, ao encontrar novamente cumprimentaram-se como se amigos houvessem sido... (nunca fiquei sabendo o nome).
  • Daquelas que não mediam esforços para promover encontros dos amigos e colegas de trabalho, após longos anos distantes... Somente para viver a alegria do reencontro... (Pretinha).
  • E, em um encontro desses, lembramos daquele novo colega de trabalho que chegou arrasando corações. Tipo, moreno, alto, bonito  e muitíssimo educado.  Isto nos anos 80. Ele não sabia desse episódio, que ele "arrancava suspiros". E todos cairam na gargalhada... (Heraldo).
  • E daquele que tinha uma presença de espírito tão grande. era tão alegre, que contagiava todos que estavam ao redor. (Dalvimar).
  • E daquela pessoa que sempre fazia o que você queria. Estava sempre disposto a agradar. Sendo somente grande amigo. Dá para esquecer? (Itamar).
  • Lembro-me que uma vez estava em meu trabalho, eu tinha mais ou menos dezoito anos, adentrou um rapaz que eu pouco conhecia com um pequeno buquê de flores silvestres. Entregou-me, dizendo "são para você!"... Não tive tempo nem de agradecer o gesto simples e único, pois saiu rápido e nunca mais o vi... Não me esqueci desse episódio. Achei lindo!... E amei receber aquelas flores... (fiquei sabendo mais tarde,  que o nome dele é Serafim).

Eh! É bem assim as pessoas que deixam suas marcas... De um jeito ou de outro... Na simplicidade ou na extravagância... Do seu jeito. Um jeito singular, só seu... Pessoas que a gente não esquece...
E assim também, vamos deixando a nossa...
Outras, porém, sentaram-se ao nosso lado, caminharam no mesmo caminho, trabalharam no mesmo lugar e não sabemos quem são...
Mas ainda assim, fica um pouquinho...

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