sábado, 26 de abril de 2025

 Estava eu consultando na internet umas panelas para adquirir... Tantas panelas lindas, panelas elétricas que fazem tudo... Só faltam falar... rsrsrsrs

Uau! São tão práticas! E prá mim que voltei a cozinhar aiaiai, tudo de bom! (pegava marmita até um mês atrás). Preciso mesmo de umas panelas assim que cozinham para mim, que fazem tudo por mim... rsrs.

Pois é! Mas sabe o que me chamou a atenção em minha busca?!


Olha aí...

As panelas que adquiri. E tem mais algumas para chegar, todas mais ou menos neste estilo.

Amo essa chaleirinha, estilo vovó... Olha que coisa mais fofa!...

A panela de ferro, que coisa mais linda!

Inspiram força, simplicidade, beleza, pureza... Família, mãe, vó, carinho e tudo de bom.

Lembrei-me da minha mãe, lá em Virgolândia, minha terra natal, nos anos setenta... Sempre mantinha uma chaleirinha dessas no fogão a lenha, com aquela água quentinha, pronta para passar aquele cafezinho saboroso...

Senti até o cheiro do café e o aconchego da minha casa paterna... Dos pães quentinhos, o cheiro da manteiga se derretendo ao ser passado nos pães doces ao sair do forno... Das conversas das comadres. Dos cumprimentos amorosos e respeitosos... Lembro-me dos meus amigos da escola, dos trabalhos escolares que eram feitos em grupo em minha casa...

Da banda de música que era tocada na casa vizinha, em frente a minha casa... 

Agora peguei pesado! Uau!!! Chique demais! Era uma alegria só!

Aquelas panelas de ferro, eram só panelas... Hoje significa tudo o que falei acima... 

Vivência e vida! Tudo de bom!

Quero fazer muito chás e convidar amigos para saborear comigo, momentos agradáveis.

sexta-feira, 18 de abril de 2025





UMA BUSCA QUE MUDOU A MINHA HISTÓRIA

40 DIAS QUE PRECEDERAM MINHA VIRADA DE CHAVE. 

PORQUE ELE VIVE POSSO CRER NO AMANHÃ.

Qualquer um dos títulos acima serviria para a história que vou contar... Deixarei os três aqui.

O vazio era grande. Não sei se em algum momento da vida todos passam pelo que passei, ou se acontece com algumas pessoas. O fato é que nunca havia me sentido tão mal... Não mais encontrava a pureza da alma, não havia alegria. Minha vida estava sem forma, o vazio era imenso. Já estava casada, filhos, trabalho, faculdade, parecia tudo perfeito, mas não estava. Nada dava certo; muito nervosismo em casa; desorganização financeira... Estava mal em todos os sentidos. Não era feliz e fazia a minha família infeliz também.

A angústia tomava conta de mim. O silêncio profundo gritava em minha alma. A alegria havia desaparecido. Por algum tempo deixara de ir à igreja. Eu era católica. Fui fundadora do Grupo jovem muito animado do bairro. Era atuante, era uma líder. Tinha muitos amigos e estava sempre presente nas rodas de violão, nas belas serenatas que fazíamos nos dias das mães... Era solicitada por todos. No trabalho ajudava a organizar festas de final de ano junto com às colegas do Setor de Pessoal. Tudo era só felicidade.

Mas naquele momento nada daquilo fazia sentido.

Onde foi que me perdi? Onde ficou aquela garota feliz, alegre e sonhadora... Que via a vida cor-de-rosa. Que sabia apreciar a natureza e amava tudo que fazia e tudo que tinha?.. Ia de bicicleta para o trabalho, cantarolando e agradecendo a Deus pelo primeiro emprego, o trabalho dos sonhos... Lutadora e realizadora... Onde aquela mulher havia ficado?!...

Era quaresma, iria iniciar, na Igreja, os quarenta dias que precederia a Paixão e Ressurreição de Cristo. Vi ali uma oportunidade para reencontrar o fio da meada.

Fiz um propósito de ir todos aqueles dias à Igreja, sem faltar um só dia. As senhorinhas da Igreja rezavam o terço todos os dias.

Cheguei meio sem jeito, não conhecia aquelas senhoras, mas me juntei a elas. Ao término elas sempre conversavam entre si e nem me percebiam. Mas eu tinha feito um propósito com Deus e não com elas, segui firme. Todos os dias às sete horas estava eu ali. Aos domingos, às 10 horas, horário da missa.

No último dia, eles iam fazer a representação da crucificação de Jesus. Levei o meu filho, que estava com 9 anos, para assistir. Aquele dia em que eles apresentavam Jesus sendo crucificado, parecia um dia de morte. O meu filho olhando aquela representação da paixão de Cristo, assustado e triste. Me arrependi de tê-lo levado. Eu estava desapontada. Em meio àquela multidão, me encontrava só com meu filho. O dia foi totalmente triste, me sentido como um peixe fora d’água.

Ali havia cumprido o meu propósito. Pensei: Nada mudou até aquele momento. Ainda estou sem rumo e triste. Naquela época não sabia, se fosse hoje, penso que seria início de uma depressão.

Parecia que nada havia mudado, mas para Deus não! Ele viu a minha vontade, a dedicação no propósito, o compromisso. Sempre gosto de cumprir o que prometo, senão, eu não estaria respeitando a minha própria palavra.

Naquela semana, ao chegar no meu serviço, uma amiga e colega me disse que se sentiu tão bem quando uma senhora fez uma oração para ela. E naquele momento o meu coração explodiu, como se ali eu encontrara a resposta que buscava. Eu precisava de uma oração! Sim! é isto eu preciso de uma oração! Preciso que alguém faça uma oração por mim e em mim! O meu coração ardia como chamas de fogo, como se Deus estivesse ali falando comigo!

Fiquei inquieta, e lembrei que tinha uma pequena igreja  pertinho da minha casa. Era 1996. Custei esperar chegar à noite para ir àquele culto. Nunca tinha entrado em uma Igreja Evangélica.

Ao chegar vi aquelas pessoas simples, alegres cantando e louvando ao Senhor. Falavam do Rei ressuscitado.  De Jesus Vivo e que estava pronto para perdoar e acolher aqueles que se sentissem perdidos. Eu me sentia assim. Cri naquelas palavras... Chorei muito, me entreguei como se tudo estivesse iniciando ali. Como uma criança. Me senti abraçada como nunca havia sentido. Senti que Ele estava ali de braços abertos para cuidar de mim dali para frente, me sentia acolhida, como se eu fosse uma criança que se amparava no colo da mãe; e ali crê que nada de mal vai acontecer. E que eu não precisava ter mais medo, nem insegurança. Minha visão se abriu e senti que não estava caminhando mais errante e nem sozinha, vi tudo clareando...

Aparentemente, nada havia mudado, mas dentro de mim crescia uma fé e a esperança voltou! Uau!!!

Até então eu não havia visto Jesus tão vivo assim. Sim Jesus está vivo e me acolhia sem me julgar, enquanto eu vivia sob o próprio jugo. Cheia de culpas, ressentimentos e tristeza!

Ao término a pastora da igreja veio me dar as boas-vindas, com uma alegria tão grande. Os membros vieram me abraçar e decidi continuar ali. (abro aqui um parêntese para dizer que a pastora que me acolheu com tanto carinho, faleceu há pouco tempo, é a pastora Eva, uma mulher de fé, uma mulher corajosa e acolhedora. Deixo aqui o meu agradecimento de público, já que perdi a oportunidade de lhe dizer pessoalmente. Ela foi muito importante no início da minha caminhada de fé).

A pastora da Igreja leu um versículo da Bíblia para mim: Isaías 9; 6 e 7. Nunca me esqueci daquele dia e desta passagem bíblica. Foi um marco. Voltei para casa mais confiante. Aceitei aquela fé. O Senhor Jesus como o meu Salvador.

 Mas e aí, você saiu da Igreja Católica?

Vejo como uma caminhada. Agradeço pelos meus primeiros passos onde aprendi os princípios cristãos; aprendi a respeitar as coisas de Deus. Aprendi muito ali... Aprendi os princípios bíblicos.

Mas, naquele momento eu  precisava de mais, e aqui estou caminhando nesta fé, junto com minha família há 29 anos. Deus me colocou de pé. A angústia foi dissipada! Olho para o alto! Sei que o Senhor Jesus está vivo, pronto para nos receber em qualquer situação. Temos que reconhecer que dEle precisamos.

Deus me viu e ouviu o meu clamor. Viu o meu propósito e me respondeu.

Obrigada Deus por toda a minha caminhada! Obrigada por tudo!

Os desafios continuam. Nem tudo são flores. Temos uma luta constante. Mas sabemos que Deus está conosco.

 A diferença é que temos a esperança e a confiança que tudo ficará bem. E que a vontade de Deus irá prevalecer sempre. Ele conhece, o passado, o futuro e o presente.

Recentemente, perdemos nossa filha de 31 anos. Está com o Pai.

Se a gente não tivesse uma caminhada com Jesus, firmados na Rocha, a gente não teria conseguido passar por esse vale... e continuar a caminhada. É muito, mas muito difícil. Porém Ele nos sustenta todos os dias.

Não superamos, cada dia é um dia. Deus nos levanta todos os dias nos colocando de pé. E sabemos que só com Ele podemos passar por esses desafios. E que ele, Jesus é a Rocha em que estamos firmados.