terça-feira, 28 de abril de 2015

Relembrando.

Estes dias indo à várias repartições públicas e privadas, para resolver coisas do dia-a-dia.
E na espera,
observando aquelas meninas trabalhando, no atendimento  direto ao público, ou em áreas específicas de trabalho...
Não sei, mas a mente voou!
Me vi, no trabalho, antes da minha bendita e merecida aposentadoria.
No auge da produtividade laboral.
Agendas, reuniões, viagens, problemas de empregados, problemas de empregadores,  atendimento ao público, informações... O querer resolver o problema de cada pessoa, que lá comparecia. Os colegas, mais parecia uma família. As expectativas, as insatisfações e as chateações...

Em casa, os filhos, os trabalhinhos escolares. Brincadeiras, algazarra, choros, sorrisos, alegrias, correria, gritos... O amor.

A correria para dar conta deles, educando, ensinando,
passeando na casa da vovó...

As conversas com o marido, informais, ou sérias,
Ele inventando algo gostoso, para surpreender-me, no retorno do trabalho...
Aquela sopinha quente de legumes, ou o cafezinho da hora, delicioso, ou aquela mini pizza de vários sabores, do jeitinho e com o carinho dele...

Pensei:
Naquele tempo, não tão distante assim, sonhava com o agora...
Mas, pensando bem, até que era gostoso. Valeu a pena, cada etapa vivida.

Descobri:
A vida é linda demais, para desperdiçá-la, com pensamentos, atitudes e sentimentos, que com certeza no futuro, serão banais!

Mas, na maioria das vezes,
Nós a tornamos dura, em algumas ocasiões.

Vendo à distância,
Percebo. Todo tempo é  m a r a v i l h o s o! E importantíssimo para nossa formação.

Hoje construo:
As lembranças do amanhã,
que  amarei relembrar!
Isto é fato.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

O peso de não se decidir...

Um dia, há muitos anos atrás, cheguei à casa de quatro amigas,  irmãs. Num dia qualquer da semana, mais ou menos duas  horas da tarde.
Fiquei surpresa ao encontrar uma delas, naquela hora e naquele dia, pois fazia faculdade de Odontologia e era muito responsável com seus estudos. Não faltava por nada.
-Uai! O que "cê" está fazendo aqui uma hora desta?! Indaguei.
-Eu, estou tranquila aqui descansando! Feliz por ter tomado uma decisão. Feliz somente pela decisão. E hoje, eu tinha provas e tudo mais...
E continuou:
Aprendi uma coisa hoje, Cida. A gente fica angustiada, com tantos compromissos. Acordei cedinho, lembrei-me das provas que iria fazer... E aquela vontade enorme de ficar em casa. Só este dia, queria ficar com esta manhã para mim. E um monte de pensamentos me sufocando: Vou , não vou. E as provas... Ai, mas quero ficar. Já havia colocado o uniforme, havia pegado meus materiais.

Estava tão angustiada, chateada, nervosa, preocupada...

De repente, disse para mim. Vou ficar, vou dormir.
Depois resolverei o que vier...
Pacientemente, retirei o uniforme, guardei os materiais, vesti novamente o meu pijama, deitei tranquilamente.
Uma calma tomou conta de mim, uma alegria, uma paz.
Pensei: Qualquer que fosse a  minha decisão iria estar em paz. Aprendi que precisamos decidir.
Virei para o outro lado, dormi à vontade e aqui estou, feliz por ter ficado.

Ouvi tudo e, gravei mais esta lição.

É mesmo assim. Quem é que nunca ficou dessa maneira?

Faço ou não faço, vou ou não vou, quero ou não...
Às vezes ficamos assim, meses...
Quanto sofrimento!

De repente um SIM ou um NÃO, e resolvemos todo o problema.