quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Alex 10.

Este é o Alex, o Alex 10, 10 na educação, na humildade, no profissionlismo, no talento...
É um craque, um senhor craque de bola. Esta é a fala dele que está circulando na internet. E este é um dos motivos que todos os cruzeirenses o amam.


Especiamente escrito Por Alex. O craque Azul de 2003!

-Antes de falar do jogo, eu queria agradecer mais uma oportunidade que tenho de manter um contato direto com a torcida celeste.
Fazem 7 anos que fui embora da Toca, mas ainda sinto viva essa ligação que criamos.

Meu jogo é Cruzeiro 5×2 Fluminense.

Antes do jogo foi lindo e especial. Vi de perto uma grande maioria de atletas que participaram do Título Brasileiro de 66. Recebi a faixa de Campeão Brasileiro das mãos de Dirceu Lopes, e tive o prazer de pôr nele a merecida faixa pelo titulo de 1966. Não tive o prazer de ver Dirceu Lopes e companhia jogarem, mas cresci com meu pai (meu pai é santista e sempre me falou da final de 66) falando à respeito desse pessoal.

O Mineirão estava azul e dourado, o dourado vinha da estrela que todos sonhavam que fosse bordado junto àquelas lindas 5 estrelas que o Cruzeiro já possui normalmente. Naquele jogo me dei conta que mais do que uma estrela, marcamos uma época.

Quando Dirceu Lopes me abraçou, me lembro como se fosse agora. Ele disse:”Olhe para essa arquibancada e passeie um pouco por Minas Gerais, que você entenderá a alegria que proporcionou ao cruzeirense nesse ano”.
Estava ganho o meu ano, o meu dia. Queria ir a campo e me divertir na ultima partida daquele ano no Mineirão.

Começamos como sempre. Bem, pressionando e querendo o gol.
Numa falha do Gomes, num frango na falta do zagueiro tricolor saímos atrás.
Lembro que fomos tranquilos ao vestiário e tomamos uma dura do Cris.
Muitos estavam totalmente desconcentrados, mas mais que isso, estávamos relaxados demais, e necessitava um pouco de tensão, e a dura dada pelo xerife era sempre respeitada. Criou-se a tensão necessária, o Luxa consertou o que via de errado e fomos pro Segundo Tempo.

No túnel na volta vieram as palavras do Vanderlei. “Eu quero fazer 100 pontos’”. E fomos atrás disso. Pressionamos o Flu e empatamos com Mota, cearense que foi espetacular naquela campanha. Ai veio a parte em que retribui ao mestre Vanderlei Luxemburgo toda a confiança que depositou em mim.

Sai um bola pela esquerda com o Leo, ele domina olha e coloca no primeiro pau. Domino bem e me vejo sem espaço pra nada, e imagino o seguinte: “se eu conseguir cavar , esse goleiro não consegue voltar”.
Cavei, a bola subiu, passou pelo goleiro Kléber e caiu mansa na rede do Fluminense. Os jogadores tentavam me abraçar, eu desviava de todos, queria abraçar a pessoa que mais acreditou em mim. Enfim achei o Luxa, abracei-o e disse obrigado.

Mais gols saíram e ainda fiz mais um de fora da área, depois de uma jogada do Maicon. Dessa vez fui em direção ao torcedor. Aquele mesmo que desconfiara quando cheguei, mas que sempre me tratou com o respeito e o carinho necessário. Fizemos 5 gols e poderíamos ter feito mais.

Eu escrevi a respeito desse jogo por três motivos simples.
Agradecer a o Luxa pelo apoio e o credito que sempre me deu.
Agradecer o imenso carinho com que sou tratado pelo cruzeirense.
Ao Dirceu Lopes dizer que trocar as faixas com ele foi uma das grandes alegrias que o futebol me proporcionou.

Não é minha praia escrever, mas acho que consegui passar para vocês um pouco da emoção de ter jogado com essa camisa azul e ter marcado uma pagina importante na historia desse imenso clube.

Abraços a todos os cruzeirenses !!!

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