segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Planeta sonho...

Pensando eu que o meu primeiro post de 2015 seria sobre qualquer tema, principalmente algo bem novo, pois é o que se espera do momento. Mas não!
Então, ouvindo hoje uma música, no rádio, algo também que parece um pouco ultrapassado, visto toda a parafernália de tecnologia em que vivemos... Mas, engana-se quem assim pensa. Ouvir rádio hoje é  top e chique, ainda mais diante de toda esta parafernália... E é algo que sempre nos surpreende.

Pois é, continuando... Ouvindo uma bela música dos idos  anos 80. " Planeta sonho" de 14 Bis.
Ah, meu Deus! recordei de algo ocorrido, naqueles anos, muito engraçado.

Nunca fui uma pessoa que fiz o que queria na infância, nem na adolescência; longe disto, mas bem longe. Pelo contrário, fazia era o que não queria mesmo. Muito trabalho e pouco divertimento. E a gente cresce cheiinha de sonhos, e vontade de fazer... coisas mínimas e simples.
Ah! eu tinha vontade de dançar, fazer coreografias, mas não tinha jeito. A família... sabe como é, né? daquelas que nada pode.
Já contava com meus vinte e três anos, era presidente do grupo de jovem. Comandava! (rsrs)

Apareceu uma bendita gincana. A nossa equipe era formada de quase todas meninas de mais ou menos 15 anos, e eu lá no meio com 23. Mas eu era a presidente, podia participar, mesmo não estando na mesma faixa de idade! (rsrs). Mas isso não era problema, a gente se misturava, éramos amigas e companheiras. Era como se todas tivéssemos, 15 anos. 

A nossa professora era a Tequinha, toda profissional. E nós ali seguindo à risca cada passo.
As meninas dançavam com o maior gracejo, e eu ali naquele momento, perdida, totalmente, com uma vergonha enorme, sentindo-me a mãe das garotas. Ah!  pensando bem hoje, até parece um mico que paguei(rsrsrs). E a música era a linda, "Planeta sonho", e tudo era um sonho.

Treinamos, treinamos, já sentíamos dançarinas profissionais. Era lindo! Fora a vergonha que eu sentia.
O uniforme, todo branquinho, saia curtíssima. Um meião, tipo de jogador, era meia para dançar jazz. Toda colorida, chegava aos joelhos. Neste quesito, sentia-me confortável, pois não gostava de mostrar as pernas, abaixo do joelho. A pantorrilha era bem saliente e fazia-me sentir complexada. Hoje não,  acho até legal e  não me preocupo mais com pensamentos alheios.

No dia da apresentação iniciava a música. Todas agachadas. Num certo momento, (quando começava cantar "Aqui ninguém mais ficará depois do sol"...) teríamos que nos levantar e começar os passos...
Todas se levantaram...
Ops! todas, menos eu e umas duas que olharam para mim, seguindo-me. Eu fiquei como que paralisada, agachada.  E quando elas abaixavam eu me levantava e ficamos naquela gangorra.

A Tequinha, nossa professora, muito experiente, contornou a situação, incentivando-nos. E a gente começou a acreditar que estava tudo bem e foi se acertando.
Ao final estávamos um tanto quanto constrangidas e envergonhadas. Mas não podendo fazer mais nada, só restava rir muito da situação, foi o que fizemos.
Ficamos em 3º lugar na competição, lembrando que era três equipes. (rsrs).

Saudades das meninas "dançarinas":  Puqui, Zilminha, Rose, Vânia, Betinha...

Vale a pena ouvir a linda música.







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