quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Minha doce Virgolândia...

Dia desses pensei em voltar em minha terra, minha doce Virgolândia, para tirar umas fotos da cidade e matar a saudade...
Mas passeando no Youtube olha o que encontrei...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Eu sempre acho que...

Eu sempre acho que é necessário aparecer... De alguma forma.
Não no sentido de gostar de se mostrar ou querer ser melhor que o outro... Não! Mil vezes não!...
Mas naquele sentido de não ser somente mais um no meio da multidão. Um rosto invisível, um olhar perdido, sem brilho, uma pessoa transparente... Isso não, de jeito nenhum!...

O que é isso?!... Você passar aqui nesta terra sem dar o seu ar da graça!... Que graça tem isto?!...
Sou daquela política de que algo em você tem que ficar registrado, de alguma maneira. A sua marca pessoal. A sua presença tem que ser forte e marcante. Sim esta tem que ficar.
Partindo do princípio que nosso ser aqui na terra é único. Não temos cópia. Não somos Xerox de ninguém... Então algo em nós tem que ser único também. Como assim?!... Sim temos que ser especiais em alguma coisa...

Não justifica você lutar tanto para chegar a este mundo... Passar tantas intempéries pela sobrevivência, ter que lutar contra tudo o que se opõe a você e tudo que tenta te impedir de caminhar... E continuar sendo só mais um rosto perdido na multidão...
Temos que buscar aquele “que” que é só nosso. Primeiro por dentro de verdade e com sinceridade e depois por fora...

  • Conheço pessoas que passaram pelo meu caminho e que não me esqueço, apenas por causa daquele sorrisão aberto, dado com vontade. (Eridélcia).
  • Lembro-me de pessoas que cruzaram o meu caminho, Com aquela delicadeza ao falar, aquela maneira educada de ser. “Há! Como é lindo a pessoa saber se comportar dessa maneira!” pensava eu... (Gisele, Denise).
  • Daquela pessoa, educada, meiga, sincera, alinhada, olhar direto, aquele jeito de portuguesa... "style perfect lady". (Rosária)
  • Lembro-me de outras que passaram por mim, pela alegria que transmitiam a cada encontro... (Alcione, Luiza, Betinha, Marinalva).
  • Lembro-me daquela menina com o rosto lindo, sorriso puro, uma timidez verdadeira e que arrastava os olhares de quase todos os rapazes do bairro com aquele jeitinho fofo de ser. E eu a achava tão bonitinha também...(Sueli).
  • Recordo de outras que nunca se esqueceram me parabenizar em meus aniversários, mesmo que muitas vezes esqueci os dela. Dá para esquecer uma pessoa assim?!... (Jaqueline).
  • Lembro-me de outras que permaneceram comigo em momentos difíceis... Tem como não lembrar?!... (Gildésia, Erika).
  • Lembro-me de pessoas pela maneira extravagante de ser, de se vestir... É o jeito dela... (...).
  • Lembro-me de outras que falavam o que vinham em sua cabeça, depois choravam por ter se arrependido do que falou... (...).
  • Outras que ao chegar ao trabalho, cumprimentavam com aquele BOM DIAAA! Sempre... Mesmo que muitos nem respondiam.(Cristina).
  • E aquelas que viviam choramingando, reclamando de tudo, brigavam até com o vento que passava por perto... Não sei se chegou a lugar algum com essas atitudes, mas também não passaram despercebidas... (...).
  • Nunca me esqueci do amigo de verdade, que chegou fazer pacto de fidelidade ao tempo de amizade. Acontecesse o que acontecesse, daquele tempo e daquela amizade nunca iam se esquecer. (Edmundo).
  • Outros que chegavam em casa de manhãzinha em pleno domingo para me acordar, somente para conversar. Com muito sono ainda, virava para o outro lado, tampava os ouvidos para não ouvir sua conversa alta, lá da cozinha, com minha mãe "Ei dona Maria, cadê a Cidinha"?... Queria dormir mais um pouquinho... Mas não aguentava, sua conversa me contagiava, levantava, e sempre era uma alegria. (Josué).
  • E aquele que sempre tocava no violão, a minha música preferida... Tem como esquecer?... (Taquinho).
  • Outras que se encontravam num mesmo trajeto por muitas vezes. E apesar de nunca terem se falado, porém os olhares diretos e amigáveis nos diziam que eram conhecidas de longos anos. Depois de um grande lapso temporal, ao encontrar novamente cumprimentaram-se como se amigos houvessem sido... (nunca fiquei sabendo o nome).
  • Daquelas que não mediam esforços para promover encontros dos amigos e colegas de trabalho, após longos anos distantes... Somente para viver a alegria do reencontro... (Pretinha).
  • E, em um encontro desses, lembramos daquele novo colega de trabalho que chegou arrasando corações. Tipo, moreno, alto, bonito  e muitíssimo educado.  Isto nos anos 80. Ele não sabia desse episódio, que ele "arrancava suspiros". E todos cairam na gargalhada... (Heraldo).
  • E daquele que tinha uma presença de espírito tão grande. era tão alegre, que contagiava todos que estavam ao redor. (Dalvimar).
  • E daquela pessoa que sempre fazia o que você queria. Estava sempre disposto a agradar. Sendo somente grande amigo. Dá para esquecer? (Itamar).
  • Lembro-me que uma vez estava em meu trabalho, eu tinha mais ou menos dezoito anos, adentrou um rapaz que eu pouco conhecia com um pequeno buquê de flores silvestres. Entregou-me, dizendo "são para você!"... Não tive tempo nem de agradecer o gesto simples e único, pois saiu rápido e nunca mais o vi... Não me esqueci desse episódio. Achei lindo!... E amei receber aquelas flores... (fiquei sabendo mais tarde,  que o nome dele é Serafim).

Eh! É bem assim as pessoas que deixam suas marcas... De um jeito ou de outro... Na simplicidade ou na extravagância... Do seu jeito. Um jeito singular, só seu... Pessoas que a gente não esquece...
E assim também, vamos deixando a nossa...
Outras, porém, sentaram-se ao nosso lado, caminharam no mesmo caminho, trabalharam no mesmo lugar e não sabemos quem são...
Mas ainda assim, fica um pouquinho...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Experiências de vida

Qual a mãe que já chorou dentro da alma e as lágrimas não foram vistas porque caíram dentro do coração?!...
Creio que já ocorreu isso com muitas mães.
Os motivos são vastos... Ver o filho chorando sentindo uma dor e você não poder fazer nada. Vê-lo saindo para o seu primeiro dia de aula e você sentido que não tem mais volta, que dali para frente ele só vai indo... Não é mais aquele serzinho só seu!...
Por ele pedir algo, que no momento você não pode dar...
E minha filha com doze ou treze anos, vendo as coleguinhas da escola cheias de atividades extraescolares. Imagino o quanto elas comentavam! Curso de dança jazz, balé, curso de inglês, capoeira...
Minha filhinha linda, ainda muito nova já sabia do momento da família. Sempre comentava sobre as atividades das colegas com os olhinhos brilhando, cheia de vontade de acompanhá-las... Mas nada mencionava sobre o seu querer. Entretanto eu compreendia que sentia vontade de estar junto com as coleguinhas, comentando e fazendo pelo menos um curso daqueles...
Mas naquele dia... Chegou a mim pedindo se podia fazer o curso de inglês...
Naquela época, morávamos de aluguel, eles estudavam em escola particular, e não era nada fácil, vivíamos dias muito difíceis. Tão difícil o que passávamos, que muitas atividades da infância foram tolhidas dos meus filhos, passeios, viagens de férias, festas de aniversário...
Eu me esforçava mais do que podia para alegrá-los um pouco mais. Contava muitas estórias infantis, passeava na casa da vovó para encontrarem com os priminhos aos domingos e no trajeto parávamos nas lanchonetes, comprava tudo que eles queriam pipoca, chicletes, balas... As mãozinhas ficavam repletas de guloseimas...
Tinha uma quota em um clube da cidade, o Filadélfia. Nos finais de semana íamos. Eles se esbaldavam. Não faltava aquele sorvetão delicioso, duas ou três bolas, com muita cobertura de chocolate e o meu, bem “caprichado” de morango, amo cobertura de morango. Os gritos deles, ainda soam aos meus ouvidos... Sons deliciosos de ouvir, Luuucas, Caaarla, Bruuuno. E eu ali sentada nas cadeiras em volta da piscina, sabendo que estavam seguros, pelos risos altos e os gritos de alegria audíveis – estavam perto, contudo eu ficava atenta a todos os movimentos deles. Às vezes descia no toboágua com eles...
E ao retornar para casa, aquele Xis burguer no Gauchão, na Rua Belo Horizonte... Colocava nele tudo o que tínhamos direito, muito Ketchup, muita maionese... Pedia uma coca-cola de dois litros e fazíamos a festa, conversávamos, sorríamos e íamos embora... Isso uma ou duas vezes no mês. Confesso que era maravilhoso!...
Também não faltava para eles a união, o amor entre a família e a Fé. Ia à Igreja quase todos os dias buscar forças... Mas com eles ia aos domingos. Não faltava nenhum domingo sequer. Lembro-me que, no dia em que a seleção brasileira ganhou o título mundial, num domingo de 2002, chegamos os quatro, meus filhos e eu, na Igreja, para a reunião das dez horas... Não tinha ninguém, todos estavam comemorando o título da seleção. E não era porque a gente não gostava de futebol, Não! A gente queria muito ficar, mas o compromisso falou mais alto. Um obreiro veio ao nosso encontro e perguntou se a gente não estava sabendo que não teria o culto naquela hora. Dissemos que não, fomos em frente ao Altar, oramos e voltamos para casa, passamos o resto do dia comemorando...
Continuando... Calei-me, sem olhar para minha linda, engoli seco, pensando o que iria responder. Ela só queria um curso de inglês... E naquele momento, até para fazer um curso de inglês estava complicado. Não cabia no orçamento...
Deixei meus afazeres, olhei para ela e disse-lhe que não era o momento, assim que desse a colocaria no curso de inglês e nos outros que eu bem sabia que ela queria. Havia falado muito sobre o Jazz...
Como não era acostumada a pedir muito, ou melhor, nada, olhou-me com os olhinhos cheios de lágrimas e disse baixinho: mas é só um curso de inglês!...
Uau!!! Não aguentei... Minhas lágrimas caíram direto no coração, que aquela altura encontrava-se apertado. As lágrimas eram imperceptíveis... Chorei sozinha, nenhum humano conseguia ver. Esse foi o meu choro na alma do qual falei acima. Mas... O meu Pai viu.
Sabem o que Ele fez?!... Uns dois anos mais tarde, concorri ao Green Card para toda a família. Ganhamos e felizes, fomos todos para os Estados Unidos, meu marido, meus três filhos e eu . Uma viagem dos sonhos. A maneira como tudo ocorreu?... Mistérios de Deus!... Só Ele para fazer tudo acontecer de maneira perfeita nos mínimos detalhes... Ele é o Mestre da perfeição. Meus filhos estudaram. Hoje todos eles falam fluente o inglês, também o espanhol.
E o curso que minha filha queria virou fichinha diante das oportunidades que Deus concedeu, não só para ela, mas para toda a família. Oportunidades, que para muitos podem parecer normais e simples... Mas para mim foi maravilhoso e lindo!
Hoje, tudo que escrevi faz parte do passado, mas são experiências vividas e aproveitadas em detalhes. Com agradecimentos constantes...
Amo falar de coisas boas. Que no primeiro momento parecem até tristes, mas sempre tem a volta por cima e aquele gostinho maravilhoso de vitória...
E adoro expressar sobre o cuidado e o amor de Deus para conosco. É muito forte. Se formos verdadeiros e fiéis... Lá na frente veremos o resultado...
E por outro lado, o mundo está repleto de dor, sofrimento, violência, maldade... Por que não expressarmos o que é bom?!... Façamos uma corrente do bem. Caminhemos na contra mão do que se apresentam a nós... E a visão que teremos da vida, com certeza será muito maior e melhor... Eu, cada dia creio mais e mais no amor de Deus para conosco.
“Agrada-te do Senhor teu Deus e Ele satisfará os desejos do teu coração”. Sl 37.4

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Falando do GCA-Grupo Cristão Altinópolis

Encontrei uma amiga na semana passada, a Betinha.
Amiga com A maiúsculo. Daquelas amizades que duram mais de trinta anos. Pessoa que esteve comigo em quase todos os momentos, (quase como em um casamento) nas alegrias e nas tristezas... rsrs.
Pois é, conversa vai, conversa vem... De repente ela disse-me que o Grupo jovem fundado por nós em 1981, no Bairro Altinópolis, havia acabado... O GCA. Fui a mentora e fundadora do Grupo, junto a dois grandes amigos, o Rawson e o Sr. Raimundo. Também fui a primeira presidente, junto a outro grande amigo o Josué. Saímos de casa em casa convidando os jovens para participarem. Reuníamos nas casas dos membros, até que conseguimos nossa sede própria...

Hó!... Ficou um silêncio dentro de mim por um momento.
Ela, a minha amiga, não viu minha reação, porque se passava no interior... Como flashes.
Confesso que fiquei chocada com aquela informação e a sensação era de perda mesmo... O grupo sobreviveu mais ou menos trinta anos... Quantos jovens passaram por ele... Quantos resgatados! Eu participei ativamente apenas três anos. Nos anos seguintes o acompanhei de longe até que ele seguiu seu caminho e eu o meu.
Mas aquele sentimento não durou muito. Um pouco decepcionada, disse a ela que o bairro não comportava dois Grupos de Jovens mesmo, ela concordou e ficou por isso. Mudamos de assunto.
Há alguns anos atrás, após uma luta ferrenha interior e em outras áreas da vida... Tenho buscado a Deus com mais força e vivido uma Fé mais pura, mais racional e mais firme. O tempo ensina muito.
Mas sei que tudo o que fazemos com amor e Fé é valoroso e fica registrado de alguma maneira. Nesses anos encontrei muitos jovens agradecidos por terem feito parte de nosso grupo. Um chegou a agradecer-me. Não entendendo o porquê do agradecimento, indaguei. Disse-me que se não tivesse participado do grupo naquela época, hoje não seria o homem honrado que é. Não teria uma família feliz, filhos, trabalho...
Pois naquela altura já estava enveredando pelos caminhos da droga. Declarou-me que foi bem recebido pelos membros e que se encontrou ali. Sentiu-se valorizado. Disse-lhe que o agradecimento seria a Deus. Mas senti-me imensamente feliz pelos frutos do nosso trabalho. Não foi em vão.
Grupo Jovem de 1982


Registrarei novamente a seguir, uma homenagem feita em 05/06/2009 neste blog, aos integrantes do grupo, na década de oitenta.

Anos brilhantes para tantos... Cada período de tempo, ou melhor, cada década que se passa, grandes e profundas marcas ficam em cada um.
E a mim pessoalmente, ou para minha geração, marcaram os anos 80. Anos dos grandes festivais de músicas, grandes cantores... Fagner, "No aço dos meus olhos''... Pepeu Gomes,''e foi assim, uma deusa feita de amor''... Guilherme Arantes, ''Quando a vi logo ali tão perto"... e tantos outros... Paulinho Pedra Azul, Baby Consuelo, Zé e Elba Ramalho, Emilinha - "Foi Deus que fez o céu"... e mais, e mais e mais... Ficaríamos aqui enumerando talentos e talentos daqueles anos;
Anos felizes... Anos das grandes paixões, Corações vibrantes, rostos colados, dançando ao som das inesquecíveis melodias internacionais, canções que embalavam casaizinhos de telenovelas e que chegavam aos nossos corações.
Anos dos "Clubes de jovens" GCA - Grupo Cristão Altinópolis, UJA, JUVA e outros. Jovens que se uniam, para não se sentirem só, para compartilhar os anseios, frustrações, energia, alegrias, sonhos... Sonhos esses que alguns, nunca foram realizados. Reuníamos para fazer serenatas, para orar, para simplesmente conversar, para não fazer nada... Para tocar violão... "Eu quero ser sua canção, eu quero ser seu tom"... "vem, vamos embora que esperar não é saber"... Longe de casa, há mais de uma semana “
Posso fechar os olhos, e ouvir cada voz, o toque, o perfume de cada um outrora presente.
Melancolia?!... Não! Mas saudade sim. Saudade de um tempo que não volta mais. Mas que só teve aquela magia naqueles dias, naquelas horas, naqueles lugares, com aquelas pessoas.
Não poderia ser diferente, se não, não seria daquela maneira e não teria aquela magia.
Que faz o coração bater forte.
Quiséramos reunir outra vez em outros anos diferentes...
Não concretizou, porque seria com as mesmas pessoas, mas... Teria faltado aqueles anos.
Aproveitamos sim. Sem planejar, sem marcar. Deixamos acontecer... Naturalmente, sem forçarmos nada.
Creio que cada amizade realizada naqueles anos, estão guardadas em um lugar secreto, no mais profundo do ser; às vezes no momento, esquecidas, porém tão latentes e vivas como cada coração!... Com amor!