domingo, 31 de maio de 2020

Uma meditação – Alguns homens bíblicos se tornaram sobremaneira grandes... Por quê?



Fazendo uma meditação na Palavra de Deus – a Bíblia, fui buscar um motivo do porquê que alguns homens bíblicos foram sobremaneira grandes. Claro! Creio que todos eles tinham uma promessa de Deus, como todos temos; mas como eles agiram e se guiaram, dentro de sua humanidade, cheios de falhas e limitações como qualquer pessoa.
Por que eles se destacaram?!...

Para eu entender um pouco, resolvi buscar a essência de cada um e de todos. Quais as atitudes que tiveram em comum que fizeram com que se destacassem. Vou descrever suscintamente, pois todos tiveram um contexto dentro de suas respectivas histórias.
Focarei em sete homens, que no meu parco entedimento foram os maiores, com exceção de Jesus, que é a conlusão de tudo, do qual encontraremos traços do seu caráter nesses homens.

Ø  Abraão – Só queria um filho. Deus lhe fez o pai das nações. Sua descendência é como a areia do mar e como as estrelas do céu;
Ø  José – Só queria sair da prisão e trabalhar com dignidade. Deus o fez trabalhar com excelência, como Governador do Egito, a maior potência na época;
Ø  Davi – Só queria proteger as ovelhas de seu pai e o fazia com dedicação; também, sendo um adolescente, quis matar golias que afrontava o Deus, Senhor dos Exércitos. Deus, não só fez com que ele matasse o afrontador de Israel, como o transformou no maior rei que Israel conheceu.
Ø  Salomão – Só queria conduzir o próprio povo de Deus, Israel. Se sentia inseguro. Pois era muito jovem inexperiente. Quando substituiu o maior rei, seu pai Davi, pediu sabedoria. Deus deu sabedoria e o fez o rei mais sábio e próspero de toda a terra.
Ø  Moisés – Só queria conduzir as ovelhas de seu sogro, e disse para Deus que não sabia falar. Deus o transformou no homem que negociava diretamente com Faraó. Tirou Israel da escravidão e o levou rumo à terra prometida.

Outros homens, que como tais tiveram suas falhas. Sofreram muito, e deixaram exemplos para nós:
  • Ø          Jacó – Queria o lugar do irmão Esaú, as bênçãos da primogenitura, e para isto enganou seu irmão e seu pai. Foi fugitivo e enganado diversas vezes por seu sogro. Tinha uma promessa de Deus; voltou-se para Deus arrependido e consertou-se com seu irmão. Mudou o caráter e transformou-se em Israel, o pai das 12 tribos,  o início da descendência de Abraão, prometida por Deus.
  • Ø         Jó – Estava todo cheio da razão e dos conceitos de si mesmo. Quando do seu sofrimento, queria uma explicação, o porquê do acontecido a ele, que era justo, fiel, temente a Deus e desviava-se do mal. Deus lhe mostrou sua própria suficiência (de Deus), que tudo foi formado por Ele e através dEle, tudo estava sob o seu controle; toda a criatura em seu mínimo detalhe se move diante do seu olhar e de sua permissão; que Ele providencia a caça para o caçador... Lhe mostrou sua grandeza e soberania.  Quando Jó reconheceu sua insignificância, e se arrependeu no pó e na cinza, Deus o elevou.


Uma característica que vi em todos eles foi a HUMILDADE. Eles não se achavam. Eles não se viam merecedores de nada. Mas quando receberam a ordem de Deus para fazer, receberam também a força e a coragem. Quando se humilharam, foram exaltados. Fiéis, justos. O nome do  Senhor estava à frente da batalha, dos exércitos. Reconheciam que a vitória não era deles; obedeciam... Enquanto com Ele caminharam venceram... Quando caíram, reconheceram e se levantaram.

Creio que são algumas características que podemos tirar como exemplo: Humildade e a fidelidade sempre, dentre outras. Reconhecimento de que sem Deus, nada somos.

Tiveram muitos outros homens importantíssimos para nos ensinar: Elias, Eliseu, Josias, Gideão, Daniel... Todos aqui são do velho Testamento. Obra incompleta, faltava o Elo principal – Jesus.

No novo testamento, grandes homens tiveram, porém JESUS o principal, que excede a tudo e a todos, em todos os tempos. Que era, que é, e  será para sempre. Que trouxe nossa reconciliação com o Pai e a nossa salvação; que tirou o nosso jugo do pecado e nos deu a vida e a paz; que nos trouxe os preceitos mais puros e simples; o amor sem fronteiras, a justiça, a fidelidade, a humildade, o repartir do pão, o perdão a liberdade, o comprometimento, a cura... Ele é a ponte que nos liga a Deus.  Quando voltou para o Pai, nos deixou o Consolador para nos guiar, o Espírito Santo... Completou a obra.  A Ele, toda a honra, toda a Glória e o nosso louvor, para sempre.

sábado, 23 de maio de 2020

Uma lembrança... Parte II " Se chorar perto de mim, eu me derreto todo" - A Resposta.


Continuação...

O meu pedido a Deus naquele momento era: “Espírito Santo ilumina a minha fala, me faça falar o que vai tocar o coração daquela pessoa”.

Cheguei amassada, cansada, o olho inchado por não ter dormido bem e por ter chorado abundantemente. Lavei o rosto na rodoviária e me encaminhei para o meu trabalho. Não havia agendado nada. Me apresentei e disse que queria falar com o chefe responsável. Não o conhecia. Esperei um pouco. E entrei em sua sala. Havia um outro servidor na sala.

Contei um pouco de minha história e o motivo de estar ali. Queria minha transferência para Governador Valadares. Ele chamou a secretária, pediu para pegar minha ficha funcional. Ela trouxe e junto dois processos, aqueles que continham meus pedidos de transferência. Um, o meu pedido, o outro, o pedido do Deputado. Abriu os processos, leu tudo, vagarosamente e deu o veredito: Não posso te transferir, já está tudo explicado aqui nos processos. Onde você está não tem outro servidor administrativo, somente você; para onde você quer ir, tem muitos. Infelizmente não posso te transferir.

Eu não conseguia abrir a boca, para dizer alguma palavra. Nenhum som saiu. Mas grossas lágrimas começaram a cair dos meus olhos... E por mais que os limpava, não tinha jeito, insistiam em escorrer. E eu envergonhada, pois a última coisa que queria que acontecesse ali, era demonstrar fraqueza e chorar... Já estava decidida, iria pedir demissão, e acabou.
Mas não. Abaixei o rosto e as palavras sumiram e o choro não parava. O outro servidor que ali estava, se levantou visivelmente nervoso e provavemente condoído me ofereceu uma chícara de café, tomei o café e agradeci a gentileza, chorando...

O Chefe Administrativo, que até então estava calado, olhou prá mim e falou com a voz bem forte; Não, por favor não chore! Assim eu me descontrolo. Eu me comprometo com você vou te transferir, você fica somente este mês de dezembro, início de janeiro você vai para sua cidade. Eu me comprometo, você vai a princípio, provisoriamente por dois anos e depois, fica em definitivo.

Whau! Num momento nada. Noutro momento tudo. Como por mágica, as lágrimas desapareceram e os sorrisos apareceram ali naquela sala. E conversamos animados, os três...

Foi aí que ele falou, como bom mineiro: Uai, cadê o choro?!...  E continuou: Menina, você foi no meu ponto fraco. Se tem uma coisa que me faz derreter o coração é uma mulher chorando perto de mim. Se chorar perto de mim, e repetiu, “eu me derreto todo”! Faço tudo o que me pedir... Estou comprometido com você, com a sua transferência.

Meu filho e eu.
Foi aí que me lembrei de minha Oração: “Espírito Santo ilumina a minha fala, me faça falar o que vai tocar o coração daquela pessoa”.

A única coisa que tocaria o coração daquele homem, seriam as lágrimas. Entendi que Deus me respondera ali. Meu Deus, Como O amo! Como está presente nos mínimos e nos grandes eventos de minha vida!

Voltei, trabalhei e me aposentei ali. Trinta e três anos de serviços prestados ao todo. Nesse serviço, no entanto, 27 anos.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Uma lembrança - Parte I "O pedido de Transferência e a Oração"...



Às vezes vêm algumas lembranças em nossa mente, e pensamos: como conseguimos resolver aquilo, daquela maneira!... E particularmente penso: Não fui eu. (ponto final).

Pois é. Havia passado em um Concurso Público Federal, sonho de muitos na época  em 1984/1985. E fui trabalhar numa cidade aproximadamente trezentos km da minha terra.
Menina simples, confiante em tudo e em todos; tipo assim, totalmente inexperiente, desprovida de qualquer malícia, para se resguardar diante dos leões da vida. A convivência havia sido até ali somente nas “barras da saia” da mãe e sob os “trancos e barrancos” do pai... rsrsrsrs

Fiquei por lá uns dois anos e meio, e tive meu primeiro filho, e ainda bebê precisei deixá-lo com minha mãe. Voltei ao trabalho. O salário só dava para pagar o hotel onde vivia; não podia nem visitar meu filho direito... Eu agoniada procurava uma maneira, para voltar para minha cidade, através de uma transferência. Que à época era quase impossível, se não tivesse conhecimento com as pessoas que poderiam fazê-lo... E eu não tinha.

Busquei a maneira como podia, Pedi aos superiores, em Gov. Valadares, em Belo Horizonte... Nada! Lembrei-me de um amigo, cujo pai era Deputado Federal, falei para ele minha situação, ele se dispôs a me ajudar e o fez. Porém, não tive sucesso. A resposta sempre a mesma: Precisamos de você onde está, no local para onde quer ir, tem muitos servidores...

Longe da família, longe do meu filhinho, salário baixo, triste, muito triste...
Decidi-me: Peço demissão e volto para casa. Tudo certo.

Mas um amigo e responsável pelo Posto de Atendimento local deu-me um conselho: Vai pessoalmente a Belo Horizonte, conversa com o Gerente Geral, explica sua situação. Você não tem nada a perder. Se ele disser não, aí sim, você pede demissão a ele diretamente...

Assim fiz. Viajei a noite toda, doze horas de viagem... No caminho deu tempo para pensar sobre minha vida, minhas lutas, conquistas, dias felizes e dias nublados e dias muito tristes, que era um dos que estava vivenciando naquele momento... 
Não quero perder o meu trabalho, conquistado com dificuldade através de concurso; duas vezes, pois o primeiro, o qual passei em 7º lugar, foi anulado (suspeita de fraude), o segundo, um ano depois, passei em 4º lugar. E agora, com um filho para criar... Um trabalho, que no momento, pagava pouco,  mas era federal e tinha estabilidade de emprego. A esperança era que um dia poderia melhorar... Como aconteceu gradativamente.
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Havia perdido um noivado, por causa desse trabalho rsrsrs. Um noivado que chegaria ao casamento, provavelmente, e naquele momento era tudo o que eu queria. Mas minha mãe colocava em nossa cabeça (das filhas) que o trabalho era muito importante para uma mulher, pois não precisava sofrer o que ela havia sofrido com nosso pai. Por não ser independente financeiramente, teve que aguentar muita humilhação no dizer dela. Desde criança ouvia aquela conversa, e pensava que era aquilo mesmo. Se não tivesse um trabalho, iria sofrer igual minha mãe... segundo ela; e segundo o que presenciava desde a infância. Meus pais tinham oito filhos e ela dizia que não saiu de casa e do casamento por causa deles, não tinha como cuidá-los.

Quase obrigada, por minha mãe, (rsrsrs) e muito a contra-gosto, mas com muito medo de ficar, e ser um passo errado. Na dúvida, decidi ouvi-la. Não quis contrariá-la em seus preciosos conselhos. Afinal, mãe é mãe e nunca erra... rsrsrs. No mínimo, só quer o nosso bem. E na verdade, por pura insegurança minha; acabei saindo de minha cidade para trabalhar, motivo do rompimento do relacionamento...

Voltando dos meus pensamentos, ali dentro do ônibus, aqui, e ao meu pedido a Deus naquele momento: 

“Espírito Santo ilumina a minha fala, me faça falar o que vai tocar o coração daquela pessoa”.
  

Continua...