quarta-feira, 30 de maio de 2012

"Pagando mico"... por amor!

Coisas lindas que acontecem em nossa vida... gestos pequenos, mas profundos.
Olhando agora, achamos engraçado. Coincidências ou propósitos. Não sei. 
Minha filhinha, a Carla, tinha nove ou dez anos.

Era dia das crianças. Havia festa, bolos, balas, brincadeiras e... Sorteios de brinquedos para cinco crianças em uma comemoração, na Igreja. 
Havia umas cinquenta crianças concorrendo. E eu ali torcendo para que ela ganhasse o brinquedo. Mais pela vontade de vê-la feliz participando. 
E... Não é que ela ganhou mesmo?!... 

O meu presente
Quando mencionaram o número dela, fui eu quem saiu correndo, como uma destrambelhada, (rsrs) quase “atropelando” quem estava em minha frente para pegar aquele presente. Entreguei para minha filha como se fosse o maior presente do mundo, um troféu. Era apenas uma bonequinha com sua banheirinha de plástico, um brinquedinho mais simples do mundo... rsrsrs.
Mas naquele momento era a coisa mais linda. 
"Paguei o maior mico", para vê-la feliz... 

Uns dois anos mais tarde. Era dia das mães. E a comemoração estava forte na escola, poemas, flores, lembrancinhas. 
Mas... tinha o bendito sorteio, para três mães.
Olhei para minha lindinha e os olhinhos dela brilhavam de vontade de oferecer a mim aquele presente. Outra vez... não é que eu fui sorteada?!...

As lembrancinhas
Só vi quando minha filha, com dez ou onze anos, saiu correndo e gritando... É minha mãe, é minha mãe. Pegou o presente me entregou com aquele sorriso mais lindo do mundo. Era um” porta-qualquer-coisa”, um simples presentinho...

Guardo nele, as lembrancinhas da infância deles, cartões, mechas de cabelo, flores, enfim guardo as recordações de declarações de amor deles para comigo. 
Hoje recordo com alegria os micos que pagamos pela vida, mas vale a pena. É por amor...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Peregrinação no telemarketing

Com o avanço da tecnologia, perdemos muito do contato interpessoal, o que tem deixado a desejar. Esta semana precisei resolver alguns probleminhas sobre as prestações de serviços brasileiros de internet, TV paga e outros. Percebi o quão difícil e desgastante está para o consumidor. Parece até que o contrato funciona somente para o momento do pagamento da fatura. Você perde o seu tempo com telemarketing. Fica aborrecida. Com uma sensação de incapacidade de resolver problemas pequenos. Você percorre um verdadeiro calvário. Liga uma, duas, três vezes... Aparece um atendente robô ou melhor, atendente virtual dando-lhe as opções no menu de atendimento. No mínimo você é obrigado ficar dez minutos ouvindo baboseiras, que não diz respeito com nada que você quer. Em seguida, se escolher a opção de conversar com uma pessoa atendente, precisa esperar mais um cinco minutos, sendo obrigada a ouvir as propagandas, que a esta altura, me soa como enganosas, da prestadora de serviços, como se você não tem mais nada a fazer na vida. Até que chega o bendito atendente. Ufa! Vou ser atendida agora. Engano. O atendente, pergunta o seu nome. Esperançosa, você responde. Para sua tristeza e decepção, ele diz: Um momentinho, por favor, senhora! Aí você espera mais três, cinco, sete... minutos, mas ainda não é atendida. O telefone fica mudo. Você não sabe se desliga, ou se espera. No impasse, quando você pensa em desligar... o telefone já está desligado. Meu Deus! Quanto desrespeito! Quanto abuso! Repete a peregrinação, duas, três vezes, até ser atendida. Aí você já está mal humorada, revoltada, não consegue conversar normal. Se não tiver paciência, e diga-se, muuuuuuuinta paciência mesmo, não vai conseguir ser atendida. Vai ficar sem o produto, tendo que pagar por ele. Quanta indignação! Decepção! Tristeza, por nosso país. Poderia ser diferente. Um país que cresce tanto por um lado. E o povo brasileiro sofrendo tanto, por outro! E às vezes não tem consciência disto. Pensa que é normal. Mas não é normal e é extremamente revoltante ter que conviver com tamanho descaso da classe empresarial brasileira. Resta-nos procurar a justiça. E confiar que vai dar tudo certo.

sábado, 12 de maio de 2012

Saudades de meus filhos...

Hoje estou um pouco nostálgica. Talvez por preceder o dia das mães. Saudades de minha mãe... Saudades dos dois filhos que se encontram longe... E esta música de Adele me faz Lembrar de dois meses atrás, quando pelas ruas de Orlando ou em casa, ao som de "Someone Like you", aproveitava cada momentinho, junto deles. Sabendo que são momentos únicos. Não se repete. Não da mesma maneira. Mas sei que teremos muitos outros momentos maravilhosos para juntos aproveitarmos mais... Procuro amenizar um pouquinho a saudade,ouvindo esta bela música no vídeo que circula na net.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Deus nos vê... Isto é tudo.

Dia desses se achegaram a mim duas antigas conhecidas, pessoas ativas e atuantes no mercado de trabalho, com grande experiência no que tange às atividades de escritório, bem como de contabilidade. Pessoas, já na faixa dos seus quarenta anos.

Coincidentemente, as duas falaram-me sobre problemas idênticos. Deram tudo de si no serviço. Uma já contava com aproximadamente vinte anos prestados em uma única empresa, "vestiu a camisa", no dizer dela. Preocupava-se com o andamento do trabalho, era comprometida e trabalhava até tarde, somente para ver as atividades realizadas.

Demitiram-se ou demitiram-nas, não importa. O que importa é que as duas encontravam-se desoladas e decepcionadas no que diz respeito ao reconhecimento que esperavam dos seus respectivos patrões. Uma disse que chegou a ser maltratada, humilhada e constrangida por uma também funcionária, que conforme suas palavras, achava-se a "dona do pedaço".

Fiquei a meditar...
Será mesmo que as pessoas vivem somente o hoje, esquecendo-se que o amanhã virá e sem tardar?...
Não acreditam na lei da ação e reação, do dar e do receber, do plantar e do colher?!... Que pena! Pensei.

Pois estamos vivenciando e presenciando situações de colheita do que se plantou tão mais rápido, do que em todas as épocas que pude ver até  o momento. Nada está ficando sem retorno...
Não tem jeito, esta é lei fixa e não muda. Você não planta limão e colhe jabuticaba (fruta que gosto demais). Não!...

Precisamos vigiar nossas atitudes.
Mas é mesmo assim. O que falei para elas é que aprendi muito cedo, nas experiências práticas da vida laboral, quando, nesses meus trinta e três anos de trabalho, vi pessoas que davam tudo de si, e ao final eram desprezadas pelos administradores que, às vezes eram recém contratados e que ao final estes também eram desprezados por quem os sucediam... era a continuidade.

Mas aprendi logo no início, que necessitava dar o melhor de mim em tudo, mesmo que o meu melhor, muitas vezes não se enquadrava nas expectativas dos outros. Mas nesses anos todos mantenho minha consciência tranquila e serena, com o que fiz. Durmo e acordo, ciente que fiz o que precisava fazer.
Se aquele que tinha de reconhecer o meu esforço, não reconheceu. Paciência! Eu não estava fazendo para ele mesmo...

Eu fiz porque minha consciência me dizia para assim fazer.
Pois Deus na sua infinita sabedoria, diz em Sua Palavra: "Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não aos homens". ( Efésios 6,7) e, Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre" (Efésio 6,8 e continua... Leia em sua Bíblia o versículo 9.

E ainda que o homem não veja, Ele vê suas obras, sejam boas, sejam más e delas pedirá conta de todos. (Eclesiastes 12,14).

Se fizermos o que devemos fazer, "já era". Com certeza a colheita será frutífera, independente de quem quer que seja. Isto é  fato. É ser livre. Não necessitamos que nos reconheçam.

Deus nos vê. Isto é TUDO.


domingo, 6 de maio de 2012

Chegando em Orlando!

Após chegar em Orlando, linda cidade da Flórida, com toda a família, sem conhecer nada e ninguém, somente pessoas que Deus colocou em nosso caminho. Preparávamos para alugar nosso primeiro apartamento. Morar com os outros só mesmo para iniciar...

Conseguimos trabalho, meu marido e eu. Os filhos ainda dependiam de nós.
Meus dois filhos mais novos já estavam estudando.

As pessoas que acabáramos de conhecer, eram ocupadíssimas, não tinham tempo para nos ajudar a procurar o apartamento. Não falávamos o idioma, a comunicação era em inglês ou espanhol. Estava ficando muito complicado para nós. Saía e voltava do mesmo jeito, a gente não conseguia nem ver o apartamento...

Já estava ficando em desespero, pois nesse momento a família já se encontrava separada. Meu marido e os dois filhos, estavam vivendo em um local. Minha filha e eu em outro. Precisávamos com urgência nos unir novamente, para nos sentirmos fortalecidos. Estávamos longe de tudo e de todos os conhecidos!...

Naquele momento de angústia clamei a Deus.
 Minha filha chegou da escola, reuni forças e coragem.  A chamei para procurar o apartamento.  Como disse não falávamos o Inglês, nem o espanhol, mas disse para mim mesma: Assim como Deus falou a Moisés, quando Moisés se sentia inseguro,  para falar com Faraó, (ele dizia que era pesado de boca e pesado de língua) que Ele - Deus seria com ele - Moisés, e o ensinaria a falar, Ele iria colocar as palavras em sua boca... (Êxodo 4, 10-16).

Assim também se daria comigo. Eu iria naquela fé e  aconteceria um milagre. Na verdade sempre que me encontro sem saída em alguma situação, recorro à Palavra de Deus - a Bíblia, e ali encontro o que preciso...
 Ok! Fomos em dois condomínios, conseguimos nos comunicar. Olhamos os respectivos apartamentos. E resolvemos procurar mais...

Agradamos muito de um condomínio. Ao encaminhar para o escritório, comentamos, minha filha e eu, que gostaríamos muito que fosse aquele.
Era um condomínio simples para os padrões de Orlando, mas muito lindinho, espaçoso, todo gramado, muito verde, tinha uns quatro lagos com fonte, patinhos, esquilinhos nas árvores, como nos filmes. Em fim, era muito aconchegante. Amei!...

Chegamos naquela expectativa. Perguntei para a atendente: Speak spanish? Na verdade nem espanhol a gente sabia. Mas a moça olhou para nós e disse: - Sim, falo português também. E com um sorriso sincero, educadamente continuou: -Em que posso ajudar vocês? E aí tudo se ajeitou, nos sentimos em nosso lugar... ela nos orientou com tremenda boa vontade, o que precisávamos fazer...

Any, foi mais uma  pessoa  usada por Deus, para nos ajudar. Ele a colocou em nosso caminho, para que pudéssemos iniciar nossa caminhada naquele lugar, com dignidade.
Alugamos o apartamento, reunimos novamente a família. Felizes, lutando e vencendo todas as batalhas, permanecemos por lá aproximadamente quatro anos.









Um condomínio simples, aconchegante e muito gostoso para se viver... Lagos, patinhos, esquilinhos...
Quadra de tênis, Academia, Uma piscina, jacuzi e local para fazer um churrasquinho com a família para descontrair... Tudo que sonhei.