domingo, 2 de dezembro de 2012

Nada do que foi será...


Alegria...
Para que olhar para traz,
Quando a vida nos diz para seguir em frente?!...
O rio não volta, vai sempre em direção ao mar;
Este exato momento, nunca mais se repetirá;
um dia não será como o outro.

Como diz a bela canção do Lulu Santos - Como uma onda:

"Nada do que foi será,
De novo, do jeito que já foi um dia,
Tudo passa, tudo sempre passará"...

E continua:
"A vida vem em ondas, como o mar,
Num indo e vindo infinito,
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há
um segundo
tudo muda o tempo todo no
mundo"........

É linda a letra, bem como a melodia, e diz muito para nós.
Então, vamos aproveitar, com inteligência cada minuto como se fosse o último.
O tempo passa breve.
Vamos ser felizes, fazendo outros felizes.




sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Quem é que gosta de ficar longe do amor?!...



Ouvindo esta bela música, lembrei-me de quando cheguei na Igreja Universal,
emocionei-me. Com os olhos cheios de lágrimas, louvei ao meu Pai, por ter levado-me àquele lugar, naquele dia e naquela hora.

Muitos desconhecem o valoroso trabalho da Igreja Universal, fazendo críticas. Fazem críticas duras. Mas creio que as fazem por não conhecer e não saber Quem é que se encontra ali dentro...

Mas aqueles que conhecem de perto o sofrimento...
A sensação de não poder mais contar com nada, nem com ninguém...
Aqueles que têm o coração invadido pelo desespero.
Quem não vê mais saída.
E que está ao ponto de perder as esperanças...

E quando reconhecendo as debilidades,
e com humildade toca naquela porta...
A última porta.

Aí... o amor vai entrando no coração... e vamos nos envolvendo, cada vez mais,
entregando-se. Esquecendo-se de tudo lá fora.
Caminhando com determinação, rumo ao alvo.
E tudo vai se transformando...
Pouco a pouco, enchendo-se de esperança, de paz, de amor...
Até que a sentimos fazendo parte de nossa vida. Aí não dá mais para parar.

É o verdadeiro perfume simbolizando a presença do Senhor Jesus.
Este perfume sem limites e sem fronteiras...
E a canção em referencia é o retrato fiel de nossa Igreja.

Foi lá, que me reencontrei.

Lembro-me de quando me dei conta que havia uma solução...
Não mais parei. Todos dias da semana ali estava...
Ia de manhã e de noite...
Às vezes deixava de almoçar, para receber o melhor e mais rico alimento,
A Palavra de Vida, saciando minha fome e sede.
Buscando o que eu mais necessitava... a paz, que antes fugira de mim. Muitos não entediam.
Questionavam-me, porque todos os dias?!...

Eu sabia o motivo de querer estar ali.
Me aconchegava no cuidado e no carinho que a mãe Universal dispensava a mim.

E conhecia o amor ali pertinho...

Quem é que gosta de ficar longe do amor?!..
Não há ninguém que eu conheça.
Verdadeiramente é o bem mais procurado...
E foi lá que eu O encontrei.

Amo!...

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Das pequenas praças aos grandes parques...

Querer é poder. Simples assim.
Anos atrás. Quando minhas crianças tinham entre quatro a onze anos respectivamente. Quando a situação financeira não era nada favorável. Quando não podia organizar nem realizar sonhos pequenos, de fazer simples viagens de férias ou feriados com eles...

Isto não era desculpa para não passear. Organizava pequenos passeios nas praças da cidade. Pegava a bola ou balões, pipocas, balas, o cachorro Van Damme...
E felizes ia a uma praça próxima de casa. Sentava-me no banco da praça. E ficava ali observando a felicidade deles, a alegria. Corriam, gritavam, riam.
Muitas vezes eles convidavam os primos para participarem do "grande" passeio. E observando a algazarra deles, pensava na pequenez de nossos eventos...
Simples, mas que causavam um impacto extraordinário na vida deles. Tirávamos fotos e voltávamos para casa. Eles cansados, suados e felizes.

Muitas vezes íamos a um clube da cidade. Eles nadavam, desciam do toboágua, corriam, gritavam, sorriam...
Enquanto eles brincavam, dentro de mim havia uma revolta. De poder oferecer tão pouco a eles!...
Dentro de mim eu cria que teria que ser diferente...

Busquei com toda força, lutei, me esforcei, sacrifiquei na Fé em Deus vivo. E venci...
Deus mudou minha situação e a vida dos meus filhos... Da minha família.

Anos mais tarde, quando o mais novo já contava com idade de quatorze anos...
Mudamos. Fixamos residência na Flórida...
Aquelas pequenas praças transformaram-se em grandes parques da Disney, Universal Studio, seaword, Magic Kingdom, Epcot, e Disney's Animal Kingdom, dentre outros...
O pequeno clube se transformou nas belas praias da Flórida: Cocoa Beach, Clearwater beach, South Beach em Miami e outras mais...
Meus filhos puderam conhecer e desfrutar.
Vi os meus sonhos se realizarem.
E realizarem-se os sonhos dos meus filhos.
Vi minha revolta mudar a situação.
Agradeço a Deus por mais esta maravilha.

As pequenas praças. Postarei mais adiante os grandes parques.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Também, aquela mãozona de Deus...

Meu filho mais novo, o Bruno é um menino cheio de fé. Quando criança ia a Igreja comigo, observava tudo. Levava tudo com muita seriedade. E naquela época ele só tinha cinco aninhos, hoje ele tem dezoito.
Um dia o Pastor, usando a fé, entregou a figura de uma mão, dizendo que era a mão de Deus. Se assim crêssemos, poderíamos usá-la pela fé, para resolver o problema que quiséssemos.
Retornamos para casa cheios de fé. E como sempre, cheios de esperança também.

Meu filho, o Bruno, encontrava-se naquele dia, resfriado, com muita tosse e febre.
O Coloquei para dormir, ele tossindo muito...
O cobri, colocando a "mão" (figura) sobre ele, dizendo-lhe para dormir, porque a mão de Deus estava ali. Que ele iria ficar bom.

Todos dormimos. Ao acordar no outro dia, fui até ele. Perguntei como se encontrava, se havia dormido bem...

E ele, sério disse que sim. E completou: "mas também com aquela Mãozona de Deus em cima de mim"!...

É, realmente e literalmente pela nossa fé, a mãozona de Deus estava sobre ele.

E sempre estará.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Os nãos da vida

Na última sexta feira, ao adentrar na Igreja onde congrego (aqui em Miami), recebi um folheto com os dizeres: Diga não ao não. coloquei-me a meditar...
Os nãos que recebemos pela vida, são tantos, que até se parecem Sim, pois acostumamos com eles e vamos sendo atropelados pela vida afora. Sofrendo e acuados.
Ainda criança, nossos pais amam o não. Entramos na escola, os mestres imitam nossos pais. E caminhando pela vida, ensinamos a lição aos nossos filhos, e seguimos adiante, como se nada podemos.
Mas acordo com uma raiva incrível. Por muitas vezes ter aceitado os nãos, passivamente, como a última resposta. Quando deveria "brigar pelo sim" pelo que sempre acreditei: que viemos a este mundo para sermos felizes. Sempre pensei desde criança: como pode?! crer em um Deus tão grande e viver uma vida tão pequena?!... (desde criança já fazia estes questionamentos).
Como diz uma propaganda aqui nos EUA, o presidente Barack Obama, falando em espanhol: SI, SE PUEDE.
É isto mesmo: SIM, se PODE. SIM, EU POSSO.

Pois a Palavra de Deus diz: "Posso todas as coisas Naquele que me fortalece.
Filipenses 4,13.

É assim mesmo. Posso tudo. e todas vezes que assim acreditei, venci.
Portanto guerra contra os Nãos.




sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Agradeço ao meu Deus!

Agradeço ao meu Deus...
pela vida,
pelo entendimento,
pela sabedoria,

Agradeço ao meu Deus...
Pela minha família,
Pela força e coragem que me deu, nesses anos de caminhada e lutas.
Por ter caminhado junto comigo.

Agradeço ao meu Deus pelos colegas de trabalho,
Pelas chefias e superiores, que ao longo dos anos ensinaram-me
a conhecer meus limites, bem como, meu potencial.
Agradeço, por cada pessoa que colocou em meu caminho, buscando resolver
uma situação... Peço que o Senhor visite cada uma delas agora, abençoado-as no que elas necessitam.
Perdoa-me, pelas vezes que deixei de dar o meu melhor, quando poderia fazê-lo.
Ensina-me a melhorar mais.
Transforma-me, até estar de acordo com Tua vontade.

Sei que o Senhor esteve presente, em cada minuto dessa longa jornada (de trabalho),
Desde o primeiro minuto em 1979 até o presente.
Louvo-Te e Glorifico-Te... Tua presença foi e é real.
Te amo!

Agradeço, hoje,
Pela liberdade conquistada neste dia...
Saber que a partir de hoje, posso adicionar aos meus sonhos, outros...
e realiza-los, de maneira mais flexível,
Pois minha aposentadoria do trabalho torna-se realidade,
Não mais expectativa...
Obrigado meu Deus por tudo! Em Nome do Senhor Jesus!
Amém!

domingo, 5 de agosto de 2012

Saudade de Orlando-Flórida...

Passeando no Youtube...
Encontro este belo vídeo com a maravilhosa música "I'm yours" de Jason Mraz...
Merece ser compartilhado com os leitores.
A música me traz lembranças de momentos da família toda reunida, vivendo em Orlando-Fl. Saudades... muitas saudades!...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Galo não, mamãe!...

No último final de semana, em um encontro de família, minha irmã mais nova, contou-nos um episódio engraçadíssimo, digno de ser compartilhado. Todos riram demais.
Ela faz parte da “família acolhedora”. É aquela que cuida da criança até que seja adotada.
E vieram para ela e o marido um lindo presente, aliás, dois presentes, há uns dois anos atrás e permaneceram até abril deste ano.
Duas meninas gêmeas, fofíssimas, lindas, inteligentes, uma verdadeira graça.
Já foram adotadas... Snif! Não estão mais com eles... Por lei, a família acolhedora não pode adotar.
Eles ficaram tristes demais... Já se sentiam os verdadeiros pais.
As meninas, assim como o pai acolhedor, são cruzeirenses.
Inexplicavelmente, são cruzeirenses até mais que o pai. Com apenas dois ou três aninhos vibram com tudo que diz respeito ao Cruzeiro. Estas são das minhas... Tem roupas, bandeiras e tudo mais do cruzeiro.
E conseqüentemente, como todo cruzeirense que se preza, não gostam de nada que se refere ao Atlético rsrsrs...
Pois é, aí é que ocorreu o fato. Uma das meninas caiu e machucou a testa e abriu o maior berreiro, chorando que só.
E minha irmã, cheia dos mimos para com ela, passou a mão em sua cabecinha e disse “coitadinha"! Deu até um galo!...
Prá que?! Ela parou de chorar, olhou para a mãe bem séria e soltou essa: _ Galo não mamãe, galo não!...
E a mãe sem entender bem, perguntou: _ O que é então? E ela, aquela coisinha mais fofinha, respondeu: - É Cruzeiro.
E saiu para brincar, esquecendo-se da queda. Linda demais.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Meu filho, meu menino...

Veio, quando menos esperava...
Foi chegando de mansinho...
Invadindo o meu ser de pouco a pouco.
De repente, aquela criaturinha, indefesa, linda.
Entrou no meu mundo com força...
Trouxe alegria e vida.
Alegrava-me em ver aquele sorriso expontâneo, sincero... Deslumbrante!

E...
Quando, cansada da labuta, às vezes,sem forças
Para lutar...
Aqueles olhinhos brilhantes, cabelinhos negros,
O meu moreno, cor de jambo,
Olhava-me, sem nada falar...
Dizia-me tudo.

Que era preciso caminhar, seguir adiante.
Que confiava em mim... E de mim, precisava.
E lá no meu interior, o respondia...

Sim, vou continuar... Conte comigo... SEMPRE.
Amo-te, incondicionalmente.
E em você acredito...

Meu filho... Meu menino!

Parabéns meu lindo Lucas,
Pelos vinte e cinco aninhos...
Que Deus o abençoe poderosamente, em Nome de Jesus!
Com carinho de sua mãe.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Parabéns prá vocês...

Parabéns para a minha lindinha Carla, pelo niver...
Parabéns para o meu amado esposo! E também, parabéns para o meu pai.
Os três comemorando aniversário neste dia.
Data forte e festiva...
Que Deus os abençoe!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Necessito...

Senhor, necessito do silêncio para:
Ouvir-Te,
Falar-Te,
Pensar,
Tomar decisões,
Ver.

Ir além,
Do egoísmo, das aparências,
Da insensatez.

Necessito do silêncio para:
Olhar para o meu interior.
Conhecer melhor o meu eu,
Entender mais o outro...

Necessito saber ouvir,
Calar-me. Sossegar-me.
Confiar.
Ver o lado bom.

O silêncio nos diz muito...
Necessito...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

"Pagando mico"... por amor!

Coisas lindas que acontecem em nossa vida... gestos pequenos, mas profundos.
Olhando agora, achamos engraçado. Coincidências ou propósitos. Não sei. 
Minha filhinha, a Carla, tinha nove ou dez anos.

Era dia das crianças. Havia festa, bolos, balas, brincadeiras e... Sorteios de brinquedos para cinco crianças em uma comemoração, na Igreja. 
Havia umas cinquenta crianças concorrendo. E eu ali torcendo para que ela ganhasse o brinquedo. Mais pela vontade de vê-la feliz participando. 
E... Não é que ela ganhou mesmo?!... 

O meu presente
Quando mencionaram o número dela, fui eu quem saiu correndo, como uma destrambelhada, (rsrs) quase “atropelando” quem estava em minha frente para pegar aquele presente. Entreguei para minha filha como se fosse o maior presente do mundo, um troféu. Era apenas uma bonequinha com sua banheirinha de plástico, um brinquedinho mais simples do mundo... rsrsrs.
Mas naquele momento era a coisa mais linda. 
"Paguei o maior mico", para vê-la feliz... 

Uns dois anos mais tarde. Era dia das mães. E a comemoração estava forte na escola, poemas, flores, lembrancinhas. 
Mas... tinha o bendito sorteio, para três mães.
Olhei para minha lindinha e os olhinhos dela brilhavam de vontade de oferecer a mim aquele presente. Outra vez... não é que eu fui sorteada?!...

As lembrancinhas
Só vi quando minha filha, com dez ou onze anos, saiu correndo e gritando... É minha mãe, é minha mãe. Pegou o presente me entregou com aquele sorriso mais lindo do mundo. Era um” porta-qualquer-coisa”, um simples presentinho...

Guardo nele, as lembrancinhas da infância deles, cartões, mechas de cabelo, flores, enfim guardo as recordações de declarações de amor deles para comigo. 
Hoje recordo com alegria os micos que pagamos pela vida, mas vale a pena. É por amor...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Peregrinação no telemarketing

Com o avanço da tecnologia, perdemos muito do contato interpessoal, o que tem deixado a desejar. Esta semana precisei resolver alguns probleminhas sobre as prestações de serviços brasileiros de internet, TV paga e outros. Percebi o quão difícil e desgastante está para o consumidor. Parece até que o contrato funciona somente para o momento do pagamento da fatura. Você perde o seu tempo com telemarketing. Fica aborrecida. Com uma sensação de incapacidade de resolver problemas pequenos. Você percorre um verdadeiro calvário. Liga uma, duas, três vezes... Aparece um atendente robô ou melhor, atendente virtual dando-lhe as opções no menu de atendimento. No mínimo você é obrigado ficar dez minutos ouvindo baboseiras, que não diz respeito com nada que você quer. Em seguida, se escolher a opção de conversar com uma pessoa atendente, precisa esperar mais um cinco minutos, sendo obrigada a ouvir as propagandas, que a esta altura, me soa como enganosas, da prestadora de serviços, como se você não tem mais nada a fazer na vida. Até que chega o bendito atendente. Ufa! Vou ser atendida agora. Engano. O atendente, pergunta o seu nome. Esperançosa, você responde. Para sua tristeza e decepção, ele diz: Um momentinho, por favor, senhora! Aí você espera mais três, cinco, sete... minutos, mas ainda não é atendida. O telefone fica mudo. Você não sabe se desliga, ou se espera. No impasse, quando você pensa em desligar... o telefone já está desligado. Meu Deus! Quanto desrespeito! Quanto abuso! Repete a peregrinação, duas, três vezes, até ser atendida. Aí você já está mal humorada, revoltada, não consegue conversar normal. Se não tiver paciência, e diga-se, muuuuuuuinta paciência mesmo, não vai conseguir ser atendida. Vai ficar sem o produto, tendo que pagar por ele. Quanta indignação! Decepção! Tristeza, por nosso país. Poderia ser diferente. Um país que cresce tanto por um lado. E o povo brasileiro sofrendo tanto, por outro! E às vezes não tem consciência disto. Pensa que é normal. Mas não é normal e é extremamente revoltante ter que conviver com tamanho descaso da classe empresarial brasileira. Resta-nos procurar a justiça. E confiar que vai dar tudo certo.

sábado, 12 de maio de 2012

Saudades de meus filhos...

Hoje estou um pouco nostálgica. Talvez por preceder o dia das mães. Saudades de minha mãe... Saudades dos dois filhos que se encontram longe... E esta música de Adele me faz Lembrar de dois meses atrás, quando pelas ruas de Orlando ou em casa, ao som de "Someone Like you", aproveitava cada momentinho, junto deles. Sabendo que são momentos únicos. Não se repete. Não da mesma maneira. Mas sei que teremos muitos outros momentos maravilhosos para juntos aproveitarmos mais... Procuro amenizar um pouquinho a saudade,ouvindo esta bela música no vídeo que circula na net.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Deus nos vê... Isto é tudo.

Dia desses se achegaram a mim duas antigas conhecidas, pessoas ativas e atuantes no mercado de trabalho, com grande experiência no que tange às atividades de escritório, bem como de contabilidade. Pessoas, já na faixa dos seus quarenta anos.

Coincidentemente, as duas falaram-me sobre problemas idênticos. Deram tudo de si no serviço. Uma já contava com aproximadamente vinte anos prestados em uma única empresa, "vestiu a camisa", no dizer dela. Preocupava-se com o andamento do trabalho, era comprometida e trabalhava até tarde, somente para ver as atividades realizadas.

Demitiram-se ou demitiram-nas, não importa. O que importa é que as duas encontravam-se desoladas e decepcionadas no que diz respeito ao reconhecimento que esperavam dos seus respectivos patrões. Uma disse que chegou a ser maltratada, humilhada e constrangida por uma também funcionária, que conforme suas palavras, achava-se a "dona do pedaço".

Fiquei a meditar...
Será mesmo que as pessoas vivem somente o hoje, esquecendo-se que o amanhã virá e sem tardar?...
Não acreditam na lei da ação e reação, do dar e do receber, do plantar e do colher?!... Que pena! Pensei.

Pois estamos vivenciando e presenciando situações de colheita do que se plantou tão mais rápido, do que em todas as épocas que pude ver até  o momento. Nada está ficando sem retorno...
Não tem jeito, esta é lei fixa e não muda. Você não planta limão e colhe jabuticaba (fruta que gosto demais). Não!...

Precisamos vigiar nossas atitudes.
Mas é mesmo assim. O que falei para elas é que aprendi muito cedo, nas experiências práticas da vida laboral, quando, nesses meus trinta e três anos de trabalho, vi pessoas que davam tudo de si, e ao final eram desprezadas pelos administradores que, às vezes eram recém contratados e que ao final estes também eram desprezados por quem os sucediam... era a continuidade.

Mas aprendi logo no início, que necessitava dar o melhor de mim em tudo, mesmo que o meu melhor, muitas vezes não se enquadrava nas expectativas dos outros. Mas nesses anos todos mantenho minha consciência tranquila e serena, com o que fiz. Durmo e acordo, ciente que fiz o que precisava fazer.
Se aquele que tinha de reconhecer o meu esforço, não reconheceu. Paciência! Eu não estava fazendo para ele mesmo...

Eu fiz porque minha consciência me dizia para assim fazer.
Pois Deus na sua infinita sabedoria, diz em Sua Palavra: "Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não aos homens". ( Efésios 6,7) e, Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre" (Efésio 6,8 e continua... Leia em sua Bíblia o versículo 9.

E ainda que o homem não veja, Ele vê suas obras, sejam boas, sejam más e delas pedirá conta de todos. (Eclesiastes 12,14).

Se fizermos o que devemos fazer, "já era". Com certeza a colheita será frutífera, independente de quem quer que seja. Isto é  fato. É ser livre. Não necessitamos que nos reconheçam.

Deus nos vê. Isto é TUDO.


domingo, 6 de maio de 2012

Chegando em Orlando!

Após chegar em Orlando, linda cidade da Flórida, com toda a família, sem conhecer nada e ninguém, somente pessoas que Deus colocou em nosso caminho. Preparávamos para alugar nosso primeiro apartamento. Morar com os outros só mesmo para iniciar...

Conseguimos trabalho, meu marido e eu. Os filhos ainda dependiam de nós.
Meus dois filhos mais novos já estavam estudando.

As pessoas que acabáramos de conhecer, eram ocupadíssimas, não tinham tempo para nos ajudar a procurar o apartamento. Não falávamos o idioma, a comunicação era em inglês ou espanhol. Estava ficando muito complicado para nós. Saía e voltava do mesmo jeito, a gente não conseguia nem ver o apartamento...

Já estava ficando em desespero, pois nesse momento a família já se encontrava separada. Meu marido e os dois filhos, estavam vivendo em um local. Minha filha e eu em outro. Precisávamos com urgência nos unir novamente, para nos sentirmos fortalecidos. Estávamos longe de tudo e de todos os conhecidos!...

Naquele momento de angústia clamei a Deus.
 Minha filha chegou da escola, reuni forças e coragem.  A chamei para procurar o apartamento.  Como disse não falávamos o Inglês, nem o espanhol, mas disse para mim mesma: Assim como Deus falou a Moisés, quando Moisés se sentia inseguro,  para falar com Faraó, (ele dizia que era pesado de boca e pesado de língua) que Ele - Deus seria com ele - Moisés, e o ensinaria a falar, Ele iria colocar as palavras em sua boca... (Êxodo 4, 10-16).

Assim também se daria comigo. Eu iria naquela fé e  aconteceria um milagre. Na verdade sempre que me encontro sem saída em alguma situação, recorro à Palavra de Deus - a Bíblia, e ali encontro o que preciso...
 Ok! Fomos em dois condomínios, conseguimos nos comunicar. Olhamos os respectivos apartamentos. E resolvemos procurar mais...

Agradamos muito de um condomínio. Ao encaminhar para o escritório, comentamos, minha filha e eu, que gostaríamos muito que fosse aquele.
Era um condomínio simples para os padrões de Orlando, mas muito lindinho, espaçoso, todo gramado, muito verde, tinha uns quatro lagos com fonte, patinhos, esquilinhos nas árvores, como nos filmes. Em fim, era muito aconchegante. Amei!...

Chegamos naquela expectativa. Perguntei para a atendente: Speak spanish? Na verdade nem espanhol a gente sabia. Mas a moça olhou para nós e disse: - Sim, falo português também. E com um sorriso sincero, educadamente continuou: -Em que posso ajudar vocês? E aí tudo se ajeitou, nos sentimos em nosso lugar... ela nos orientou com tremenda boa vontade, o que precisávamos fazer...

Any, foi mais uma  pessoa  usada por Deus, para nos ajudar. Ele a colocou em nosso caminho, para que pudéssemos iniciar nossa caminhada naquele lugar, com dignidade.
Alugamos o apartamento, reunimos novamente a família. Felizes, lutando e vencendo todas as batalhas, permanecemos por lá aproximadamente quatro anos.









Um condomínio simples, aconchegante e muito gostoso para se viver... Lagos, patinhos, esquilinhos...
Quadra de tênis, Academia, Uma piscina, jacuzi e local para fazer um churrasquinho com a família para descontrair... Tudo que sonhei.


domingo, 29 de abril de 2012

Um grande amigo

Cantarolando uma musiquinha lá dos anos 80, lembrei-me de alguém. Um grande amigo. Aquele tipo, faz qualquer coisa pelo outro, aquele que colocava o coração no que fazia. Aprendi a cantar esta música com ele... "Eu tenho um espelho cristalino"... Música de Zé Ramalho. Ele dizia: -"não cidinha, não é assim, espera um pouquinho" (quando eu não esperava a mudança das notas musicais).
Começava de novo, com paciência, até que aprendia e o acompanhava direitinho...
Senti saudades dele...

 Era alegre,  tinha muitos companheiros, mas para amizade era muitíssimo seletivo.
 Eu fazia parte do seu seleto grupo. Me sentia feliz por isso... Persuasivo, intelectual, inteligentérrimo. Passou em um concurso na época de difícil acesso. Somente os melhores mesmo é que passavam. Nós os amigos sentimos orgulhosos de ter um amigo no alto cargo da polícia militar.
Eu gostava muito dele!...
Não me sentia nem um pouquinho constrangida de ir em sua casa acordá-lo de manhãzinha, para me levar ao trabalho, quando eu estava atrasada. Afinal, amigo é prá essas coisas... também.
 Ele levantava, rápido ia até a mercearia da esquina pedia a moto emprestada e rapidinho eu estava no meu serviço. Era tudo tão normal e expontâneo!... Nunca mais tive um amigo assim. Eu tinha total liberdade com ele. Para falar, para ouvir, para brincar, em fim não tínhamos problemas de ser sinceros um com o outro.
A gente tinha uma sintonia, para cantar... ele tocava divinamente  o violão, e eu o acompanhava. As músicas que ele gostava, eram as minhas preferidas.
... "Longe de casa, há mais de uma semana. Milhas e milhas distantes, do meu amor"...( música constante em nosso repertório). Cantávamos Zé Ramalho, Fagner, Gonzaguinha...
Ele cantava "Imagine" de John Lennon. Esta era o top.
Aprendi com ele a entender e a compreender as canções. A gente não cantava por cantar. Apreciávamos o que fazíamos.

Seguimos por caminhos diferentes...

Viveu com  intensidade,
Intensamente amou.  Colocou toda sua força, toda a sua energia  em tudo que fez e gostava do que fazia...  Viveu!

Se foi!
Sua passagem aqui foi breve.
Sua personalidade foi marcante.
Deixou,
Saudade!... e,
Linda lembrança de uma grande amizade e de dias felizes vivido ao seu lado...
na mente de todos que o conheceram mais profundamente... Um grande amigo, o Rawson!...

sábado, 28 de abril de 2012

Fim de Semana

Mais uma sexta- feira a tarde,
Ma-ra-vi-lha!...

Sábado de manhã, acordo com suave sensação de bem estar!
Agradeço a Deus por este dia...
Tomo o meu café, pãozinho francês com um delicioso requeijão cremoso.
Converso assuntos corriqueiros com o meu amado...

Começo a cuidar da minha casa... cheirinho agradável de produto de limpeza...
Limpo cada cantinho, com prazer grandioso...
Ajeito os móveis, vejo que ficou melhor.

Separo com jeitinho as roupas  para lavar... branco com branco, Jeans...
Metodicamente coloco na máquina.
Que gostoso o cheirinho do sabão, do amaciante!

Tudo em minha volta está tranquilo.

Penso nos meus filhos que estão longe, muito longe. Fico feliz.
Sei que eles estão bem.

Os afazeres continuam... Coisas simples,
Inexplicavelmente, grandiosas para mim,
vou construindo o meu dia, com amor em cada detalhe.
Sei que um dia lá na frente, lembrarei com saudade destes...

Paro.
Preparo para o meu domingo.
Encontrar com o meu Senhor.
Dizer a Ele que sou feliz com tudo que Ele me deu...

E recomeçar mais uma nova semana...


sábado, 7 de abril de 2012

Em paz, apesar das surpresas...

Sabe aquela semana, que você tem tanta coisa para resolver e não tem a mínima idéia por onde começar?...
Parece que tudo acontece ao mesmo tempo. Outras situações  te pegam de surpresa. Você até sabe que a surpresa é boa, mas não contava com ela (pelo menos neste momento). E aí! Como diz a canção: "E agora José? para onde?..."

Assim ocorreu nestas duas últimas semanas. Um corre, corre.
Preparativos para a filha que se mudaria de cidade. O filho, um rapaz,    ficando só (moravam os dois juntos). Aí você chora, porque queria estar um pouco mais com ela. Mas tem que se conter, pois  ele lhe "chama"  (preciso  ensinar-lhe o básico para se viver sozinho, dar uma força), para que eu me sinta segura de que tudo vai se ajeitar. Até que ele se mude também.

A saudade do marido  aperta. A do filho adolescente também.
Recorro àquele que tudo pode. Só e somente Ele, para  direcionar-me, fortalecer-me e dizer-me, que está tudo bem.  Tudo sob controle!  Dele; claro! Vou em frente...

E as coisas vão acontecendo... e se resolvendo...
Agradeço Muitíssimo. Termino a semana em paz e nesta certeza.
Estou, deveras, feliz!... muito feliz!
Obrigado Senhor Jesus!  Sei que sempre posso contar  Contigo.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Construção



Olhando para uma construção, fico a meditar...
Absorta em meus pensamentos...
Não consigo descrever o que realmente me chama atenção...
Se é exatamente o que ela virá a ser...
Ou de onde ela se iniciou.
Ou as mãos que foram usadas. 
O alinho, a sensibilidade... 
A força bruta de um ser, muitas vezes
vulnerável às mazelas da sociedade.

E a construção vai sendo erquida,
pedra sobre pedra, tijolo por tijolo...
Vai se transformando e transformando vidas...
até deixar de ser... 
Se faz oculta, 
tornando oculto quem,
com tanto encanto e zelo a esculpiu...


domingo, 1 de abril de 2012

Coração de mãe

Aqui estou...
Planos e planos feitos para regressar...
Abraçar os amados filhos Lucas e Carla...
Longe fiquei dos meus queridos Carlos e Bruno...
Pois é, assim é a vida de uma mãe.
Tanto amor para dar...
Mas, as oportunidades vão diminuindo para demonstrar,
à medida que os filhos crescem...
Vão alcançando seus objetivos...

Começo a sentir saudades da labuta...
Um indo, o outro  voltando  da escola...
O choro, a correria dentro de casa,
a alegria; os gritos:
Mãaee! óh a Caarla! o Luucas!... o Bruuno!... respectivamente.
E afoita, sonhando com tempos distantes!
Chegando eles, sonho com tempos passados.

Estou lá, sinto saudades dos daqui...
estou aqui, sinto saudades dos de lá.

Separados por um oceano!...

O coração de uma mãe é mais forte do que os outros.
Com certeza!
Se não fosse, não aguentaria.

sábado, 31 de março de 2012

O meu bairro preferido...

Ao me mudar do interior de Minas Gerais,  Virgolândia, para uma cidade de médio porte, Governador Valadares tivemos que, a família, mudar várias vezes, até adquirirmos nossa casa própria.

E aí "passeamos" pelos bairros da cidade.

Mas teve um, que foi bom demais...
Marcou. Ficou sendo o meu bairro.

Apesar de ser muito simples, pouca infraestrutura.
Na época não tinha calçamento; muito morro, casas pequenas, construções humildes.
Hoje mudou muito, tem ótimas construções, calçamento e tudo mais...

Por lá permanecemos um longo tempo, pois foi onde a família adquiriu a casa própria.

Ao chegar, encontramos pessoas receptivas, amáveis e amigos bacanas. Pessoas como aquelas que havia deixado em minha terra natal. Com mente inteligente, coração puro. Tinham alegria de viver. Eram brincalhões, espontâneos... Juventude forte e feliz! Vizinhos amigos...

A roda de violão; as serenatas nas madrugadas... O bate papo na manicure; a troca de olhares com o respectivo pretendente...
O cumprimento repetitivo ao sair de casa. Parecia a minha cidadezinha do interior...
O gosto pela música... Tentávamos interpretar o sentimento do poeta/cantor em suas composições musicais. Éramos meios intelectuais (rsrs).

E assim sentia-me no meu lugar... Amei morar ali.
A Rua da Várzea (minha rua) de chão batido... Alguns moradores varriam suas portas e aguavam... Ficava aquele cheirinho gostoso... De limpeza, de chão molhado.

A criançada brincava nas ruas.
Um amigo de porte "forte", o Fera (apelido), de  mais ou menos, vinte anos de idade, juntava-se às crianças e descia o morro no carrinho de rolimã. Intrigava e irava-se o vizinho e a gente ria...

Esse mesmo amigo carregava o time do bairro em sua Kombi; não me lembro bem o nome do time, mas creio que se chamava Santa Cruz. Fazia voltas mirabolantes com o carro e a gente gritava muito, era uma só algazarra.

Minha irmã Helena e eu acompanhávamos sempre o time. Meu irmão, o Cláudio, fazia parte do elenco. Era bom de bola.

Enquanto nas rádios locais, noticiavam acontecimentos policiais ocorridos na cidade (década 80/90). E muitos desses ocorriam em nosso bairro.
A gente não via nada; não preocupávamos com essas coisas. Não chegavam a nós. Só tínhamos tempo para viver, tempo para os amigos e os afazeres do dia a dia.

O que incomodava, às vezes, era ouvir pessoas não moradoras falando "mal" do nosso bairro... Dizendo que ele era violento.

Mas a gente não queria sair de lá. Amigos encontravam-se todos os dias. A amizade era verdadeira...
Final de semana!... Não tinha outro lugar para ir...
Íamos encontrar os amigos em outras ruas, no próprio bairro...

Bairro Altinópolis, o meu bairro preferido!

Sempre quando visito amigos e familiares naquele lugar, sinto aquela sensação gostosa. Levando meus pensamentos ao tempo em que lá vivi.




domingo, 11 de março de 2012

Acontecimento Extraordinário

Em 2008, mudamos para uma cidade da Flórida, Orlando, nos Estados Unidos.
Minha filha reiniciou seus estudos. No primeiro momento fomos informados que ela não teria direito ao transporte público escolar, por nossa residência estar "perto" da escola, (menos de uma milha de distância, não teria direito ao transporte público. Uma milha é mais de um quilômetro...

E nós, novos residentes, não havíamos adquirido ainda, o nosso veículo próprio. Morávamos a mais ou menos um quilômetro e meio da escola.

Minha filha precisava caminhar mais de uma hora, sob o sol de Orlando, e ela estava com dezesseis anos.
Quem conhece Orlando sabe que é insuportável o calor. É muito quente. No dia seguinte, no horário dela sair da escola, mais precisamente às 15 horas, vi que o sol estava de machucar. Fiquei muito aflita e angustiada, preocupei-me muito com ela. E naquela angústia, lembrei-me de uma passagem Bíblica que diz que Deus cuidava do povo de Israel quando do êxodo do Egito.

De dia Ele os cobria com uma nuvem, indicando-lhes o caminho, que também, os protegia do sol, pois caminhavam no deserto. E a noite Ele os iluminava com uma coluna de fogo... Pedi a Deus para que fizesse o mesmo com minha filha. Esqueci-me do pedido.
A angústia e aflição dissiparam...

Quando minha filha retornou, dirigi-me ao seu encontro perguntei se foi tudo bem e como estava o sol... Ela me respondeu que foi tudo bem, durante toda a caminhada, havia uma nuvem que encobria o sol, e ela sentia uma brisa fresquinha e deliciosa, que passou a observar o oscilar da folhagem no caminho, completando que pensou que a nuvem a estava acompanhado e que não se cansou nem um pouquinho...

Uaw!!!! Que lindo!

 Com os olhos cheios de lágrimas, lembrei-me do meu pedido. Chorei de alegria e agradeci ao meu Senhor e Pai maravilhoso, pelo cuidado com os nossos e seus filhos...

No outro dia fui com ela na escola, conversamos com o responsável e ela conseguiu também o direito ao transporte escolar...
Obrigado Jesus!

Mulher

Mulher! Não importa a cor, a raça, status social... Mulher é mulher! Esse ser misterioso... Inconstante, Linda, carinhosa, Emoções à flor da pele... Cheirosa, Centrada, amorosa... Sensível à dor alheia... Amiga, bondosa... Respeitada. O dom maternal... É só dela. Quando usa a inteligência, A fé, a humildade e o amor, a força redobra. Torna-se capaz de mudar o mundo! Pois Deus, o criador, a ela honrou conferindo O direito e o dever de gerir seu lar, Na construção da base de tudo, a família... Mulher, este ser inigualável!...

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Aos 50 anos...

Saí da manicure e, andando em uma praça, olhei para minhas mãos, me assustei com a cor do esmalte que havia usado. Um tom rosa forte, aquele tipo CHEGUEI!...

Em outra época não usaria aquela cor, iria achar muito feio, ou talvez nem achasse assim, mas pensaria que estaria chamando muito atenção, iria me preocupar com o que os outros falariam. Mas olhei novamente e pensei... O que é que tem? Está tão bonito, cheio de vida, e na verdade colocarei o que eu quiser...  Querendo, passo azul, amarelo, preto, branco, qualquer cor. Usarei normalmente. Sentirei-me linda... Na verdade não é somente a cor do esmalte, vale para todos os aspectos de vida. Preocupamos demasiado com o que os outros possam pensar de nós.

E pensando assim, fiquei com uma sensação gostosa, de não mais me preocupar com estas coisas. Senti-me  livre, sem peso. Estou feliz comigo mesma.

O maior problema de uma mulher é ser considerada pelas outras uma pessoa ridícula. E aí, muda aqui, conserta ali, procuramos os olhos alheios para nos dizer se estamos bem, como se precisássemos ser aprovadas por alguém e às vezes... Estas pessoas cheias de problemas, e... muitas vezes, até maiores que os nossos. Ao final constatamos que realmente somos mesmo ridículas, com esses pensamentos...

Mas hoje me vejo diferente. Em paz com o que faço e muito confiante. Descobri que sou muito mais eu e gosto de tudo em mim. Se o outro não gostou, paciência. Está no direito de cada um.

Feliz, percebo que é a maturidade, a experiência... Da mulher dos cinqüenta.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dever cumprido.

Conversando com um colega que está para aposentar-se, falou-me que se encontrava feliz de se sentir com sensação do dever cumprido. E lembrando, quantas vezes nos encontrávamos em longas reuniões e concentrações para tratarmos de estratégias e planejamentos de trabalho, quando, na época, ávidos por resoluções, no mais alto calor e força de trabalho, a paixão pelo que fazia e...

Às vezes tínhamos que provar com toda força que podíamos... e até, nadando contra as "marés", contra os preconceitos dos mais experientes, ou daqueles que se encontravam num cargo de nível superior... e nós, com nível superior, mas num cargo de nível médio. Teríamos que ser melhor, ou no mínimo, nos esforçarmos para ser; para fazer valer nossos argumentos, ou para que pelo menos, ouvissem-nos. Muitas vezes, ficávamos somente no esforço e na angústia, algumas vezes conseguíamos os nossos intentos... Mas nunca me abati, sempre confiei. Não estava ali por acaso, e nem porque qualquer um havia me colocado. Sei bem Quem confiou a mim aquela função!...

Eh... É gostoso sentir assim. Feliz, após longos anos de caminhada laboral. Consciência tranqüila de ter feito o que precisava fazer... De ter sido fiel ao trabalho, fiel aos superiores, fiel aos companheiros e aos clientes do serviço público. E hoje, exatamente hoje, dia 31 de janeiro, tenho muitíssimo a comemorar...

Completando 33 anos de serviço prestados à sociedade, bem como, adquirindo o meu precioso tempo de serviço e direito para um merecido descanso; liberando assim lugar para novas forças.

É um filme que passa em minha cabeça. Desde o primeiro dia de trabalho quando jovem de 19 anos, chegando toda tímida e, hoje após trinta e três anos, experiente no que faço e com a Certeza do Dever Cumprido.

Agradeço ao meu Pai e Senhor por isto.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Minha pequena... grande...

Linda, meiga, séria...
Cabelos castanhos... Loiros e, novamente castanhos...
Pequena, frágil, doce, corajosa, grande e forte.
Indefesa, firme, serena e confiante.
Qualidades e contrastes de um ser humano!...
Qualidades de alguém muito especial!...
Especial e presente que Deus me agraciou como filha.
Minha linda pequena... Grande Carla!

Lembranças...

Porque nossa memória guarda umas coisas e outras, não...
Amo escrever, mas percebo que muitas vezes escrevo algo do passado; e fico a pensar: Porque me recordo tanto de coisas que já se passaram, e que hoje já não modifica nada em minha vida!...
O que aprendemos é desprezar o que se passou e ir adiante. Pois não vai interferir nada em nossa vida hoje.
Mas analisando, percebi que a maioria das coisas que ficaram em nossa mente, foi algo que não conseguimos resolver na época, algo que marcou de forma negativa ou positiva, mas o desfecho não foi como deveria ser e nosso subconsciente fica ali esperando para resolvê-lo; É como se ele não houvesse completado o seu trabalho como deveria. E enquanto não colocamos para fora de forma satisfatória, ele não vai esquecer e conseqüentemente, ficamos ali paralisados no tempo. Ás vezes chorando e lamentando, com ranço de mágoa, ressentimentos, o que nos impede de caminhar...
E como resolver isto? Já se passou tanto tempo!... Não tenho como voltar para resolver!...
Mas nossa mente não tem limites de tempo, nem de espaço. Vamos onde quisermos...
Voltemos naquele lugar de nossa memória, detectemos o que nos machuca, perdoemos... Às vezes temos que perdoar a nós mesmos. Na época agimos daquela maneira, porque pensávamos daquela maneira... Pedimos ao Senhor Jesus, para nos ajudar, perdoar e nos dar a cura interior. Se formos sinceros no reconhecimento e no pedir, Ele que é amor e justiça, nos perdoará e nos curará. E aí meu camarada, já era. Podemos continuar daqui prá frente sem o peso do passado. Tudo pode ser diferente a partir de agora.
Podemos até escrever sobre algo do passado; episódios e lembranças que nos fizeram ser o que somos hoje, e que faz parte da nossa vida, sendo demonstrado como experiências vividas... E muitas vezes, lembranças tão boas, que não merecem ser esquecidas. Mas agora com a visão diferente... Não estaremos presos a elas. Seremos livres para o que consideramos conveniente.

O Vaga-lume

Desde criança, acho lindo o vaga-lume;
Um dia, creio que tinha dois para três aninhos,
No colo de minha tia Zezé e meu irmãozinho mais novo, um bebê,
No colo de minha mãe,
Atravessávamos, me recordo, um beco que vinha de uma rua
Passando para a outra, entre elas havia um córrego. Minha avó materna vivia na primeira e a avó paterna na segunda.
Estávamos ali, no escuro, os quatro.
As duas Irmãs (mãe e tia) conversavam e conversavam animadamente, e eu nada entendia...
Mas via ali dezenas, ou centenas, não sei. Talvez milhares de vaga-lumes, esta era a extensão na minha visão infantil;
Eu os confundia com as estrelas... Também, muitos grilos faziam um barulho estridente, “cantarolando” sua musiquinha, em sintonia orquestral.
Não sei por que hoje, escrevo sobre esse acontecimento... Após tantos anos!...
Sei que nunca me saiu aquela cena da memória...
Linda noite!...